ANAIS 2014
DETECÇÃO DA INFECÇÃO NATURAL POR TRIPANOSSOMATÍDEOS (KINETOPLASTIDA: TRYPANOSOMATIDAE) EM PROCIONÍDEOS (CARNIVORA: PROCYONIDAE) NA AMAZÔNIA ORIENTAL
Autor(es): Paulo Cesar Magalhães Matos, Flávia de Nazaré Leite Barros, Paulo Geovani Silva Sousa, Fábio Rodrigo Paixão Mourão, Cícero Mariano de Araújo Neto, Áurea Martins Gabriel, Wanessa Batista Lima Oliveira, Silvia Gonzalez Monteiro, Gustavo Góes-Cavalcante, Alessandra Scofield

DETECÇÃO DA INFECÇÃO NATURAL POR TRIPANOSSOMATÍDEOS (KINETOPLASTIDA: TRYPANOSOMATIDAE) EM PROCIONÍDEOS (CARNIVORA: PROCYONIDAE) NA AMAZÔNIA ORIENTAL
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal do Pará
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES
O objetivo do trabalho foi realizar o diagnóstico molecular de Trypanosoma cruzi, e Leishmania infantum chagasi em procionídeos dos estados do Amapá e Pará. Durante fevereiro de 2012 a agosto de 2013, amostras de sangue total, esfregaços sanguíneos e fragmentos de pele foram obtidos de 54 procionídeos de vida livre ou mantidos em cativeiro em mantenedores particulares, criadouros conservacionistas e Parques Zoobotânicos dos estados do Amapá e Pará, sob permissão do Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade (SISBIO), com o número 30710-1. As amostras de pele foram coletadas e mantidas a -20ºC para pesquisa de DNA de L. i. chagasi através da PCR, utilizando-se os iniciadores RV1 e RV2. As amostras de sangue total foram utilizadas para pesquisa de DNA de T. cruzi através de Nested-PCR, empregando-se os iniciadores TCZ1/TCZ2 e TCZ3/TCZ4. Os esfregaços sanguíneos foram corados com Giemsa (Merck®) 10% e examinados em microscópio óptico sob a objetiva de imersão. Através da Nested-PCR, DNA de T. cruzi foi detectado em 27,8% (15/54), sendo cinco quatis e um mão-pelada do Pará e nove quatis do Amapá. Não foi diagnosticado DNA de L. i. chagasi através da PCR e nenhum dos agentes pesquisados foi detectado nos esfregaços sanguíneos. Conclui-se que quatis e o mão-pelada são importantes reservatórios para T cruzi nos estados do Amapá e Pará. Os procionídeos não foram incriminados como reservatórios de L. i. chagasi nas áreas estudadas.