ANAIS 2014
DIAGNÓSTICO MOLECULAR DE HEMOPARASITOS EM CÃES DO MUNICÍPIO DE PASSO FUNDO, RIO GRANDE DO SUL
Autor(es): Bruno DallAgnol, João Fábio Soares, Jonas Moraes Filho, Anelise Webster, Guilherme Marcondes Klafke, João Ricardo Martins, Marcelo Bahia Labruna, Maria Isabel Botelho Vieira, José Reck

DIAGNóSTICO MOLECULAR DE HEMOPARASITOS EM CãES DO MUNICíPIO DE PASSO FUNDO, RIO GRANDE DO SUL
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: IPVDF / PUCRS
» Agência de fomento e patrocinadores: CNPq, FAPERGS, FAPESP, FINEP
Patógenos transmitidos por carrapatos têm sido frequentemente relatados em cães no Brasil, incluindo Babesia gibsoni, Babesia vogeli, Rangelia vitalii e Ehrlichia canis. Rhipicephalus sanguineus é o transmissor de B. vogeli e E. canis, enquanto que R. vitalii é transmitida por Amblyomma aureolatum. O vetor de B. gibsoni no Brasil não é conhecido. Estudos com diagnóstico molecular das hemoparasitoses em cães no Brasil são escassos, o que dificulta a determinação exata do agente etiológico da doença. A maioria dos diagnósticos é realizada pelo exame direto com esfregaços sanguíneos, método que apresenta baixa sensibilidade e especificidade, especialmente quando as amostras de sangue não são coletadas na fase aguda da infecção. O objetivo do trabalho foi realizar o diagnóstico molecular de doenças vetoriais transmitidas por carrapatos em cães, no município de Passo Fundo, Rio Grande do Sul (RS). Para isso, o DNA de amostras de sangue de 104 cães com suspeita clínica de hemoparasitoses atendidos no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo foi extraído. A detecção de protozoários do gênero Babesia que infectam cães no Brasil foi realizada através de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) com oligonucleotídeos específicos para B. vogeli e B.gibsoni. Para a detecção do DNA de R. vitalii e E. canis foram realizadas PCRs em Tempo Real específicas para cada espécie. Das 104 amostras apenas três (2,88%) foram positivas, sendo todas R. vitalii. Nenhuma amostra foi positiva para E. canis ou Babesia spp. Concluímos que em apenas três casos foi possível identificar o agente etiológico da hemoparasitose (R. vitalii), permanecendo o restante dos casos com diagnóstico etiológico indefinido. Esse trabalho lança um questionamento sobre que organismo(s) está(ão) circulando em cães com suspeita clínica de hemoparasitose na região de Passo Fundo.