OCORRÊNCIA DE PIOLHOS MASTIGADORES (PHTHIRAPTERA) EM AVES SILVESTRES NO PLANALTO SERRANO
Autor(es): Rosiléia Marinho de Quadros, Bruna Larissa Boaventura, Marcia Sangaletti, Wilian Rafael Veronezi, Daniel Angelo Felippi
OCORRÊNCIA DE PIOLHOS MASTIGADORES (PHTHIRAPTERA) EM AVES SILVESTRES NO PLANALTO SERRANO
» Área de pesquisa: ENTOMOLOGIA
» Instituição: Universidade do Estado de Santa Cararina
» Agência de fomento e patrocinadores:
Os piolhos da Ordem Phthiraptera são comuns em aves silvestres tanto de vida livre como de cativeiros. Estes ectoparasitos embora não não teham hábito hematófagos podem em elevada intensidade causar graves problemas a saúde das aves como prurido, irritação, inflamação causada pela movimentação dos insetos no corpo do hospedeiro, bem como atuar como vetores de microrganismos patogênicos. Este trabalho teve por objetivo descrever a ocorrência de piolhos em aves silvestres em virtude de poucas informações sobre a ectofauna parasitária neste grupo de vertebrados. De janeiro de 2008 a outubro de 2012, cinco aves ( três Cariama cristata, Penelope obscura e Buteo magnirostris) foram recolhidas sem vida em três rodovias (BR 116 e SC 438 e SC 425) nos municípios de Correia Pinto, Painel e Otacílio Costa respectivamente, localizadas no Planalto Catarinense. As aves foram levadas ao Laboratoório de Zoologia e Parasitologia da Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC), na qual foram inspecionadas visualmente para busca de ectoparasitos. Os malófagos encontrados foram conservados em álcool 70% e enviados para o Instituto Butatan para identificação. C. cristata (siriema) foram identificadas as espécies: Gonioides gigas, Goniocotes gallinae, Colpocephalum cristatae, Heinrothiella frielingi e Tinamotaecola spp.; para P. obscura (jacuaçu ou jacú) Goniocotes gallinae e para B. magnirostris (gavião carijó) foi diagnosticado Craspedorrhynchus brevicapitis. A identificação de malófagos em aves apreendidas ou cativas poderão fornecer melhor entendimento sobre a diversidade destes insetos no Brasil, principalmente pela dificuldade de captura de material na natureza. Por outro lado, a coleta e estudo de material proveniente de aves de vida livre podem revelar os aspectos da ecologia e comportamento destes ectoparasitos.
