ANAIS 2014
EFEITO ANTI-HELMÍNTICO DE UMA RAÇÃO CONTENDO BAUHINIA PULCHELLA SOBRE NEMATÓDEOS GASTROINTESTINAIS DE CAPRINOS NATURALMENTE INFECTADOS
Autor(es): SUZANA GOMES LOPES, LILYAN BRUNA GOMES BARROS, HELDER LOUVANDINI, LIVIO MARTINS COSTA JUNIOR

EFEITO ANTI-HELMíNTICO DE UMA RAçãO CONTENDO BAUHINIA PULCHELLA SOBRE NEMATóDEOS GASTROINTESTINAIS DE CAPRINOS NATURALMENTE INFECTADOS
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal do Maranhão
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES FAPEMA BANCO DO NORDESTE
As helmintoses gastrointestinais são o principal problema na produção de pequenos ruminantes no Brasil, e a seleção de helmintos resistentes tem agravado essa situação. Na busca por novos meios de controle, leguminosas ricas em tanino condensado e seus efeitos anti-helmínticos são objetos de estudo. Bauhinia pulchella é uma leguminosa naturalmente consumida por pequenos ruminantes no nordeste brasileiro. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito anti-helmíntico de B.pulchella sobre nematódeos gastrointestinais. Partes aéreas de B.pulchella foram coletadas, secas, moídas, e avaliadas quanto aos níveis de tanino condensado. Foram selecionados caprinos entre 6-10 meses de idade, sem raça definida, machos e fêmeas, infectados naturalmente. Os animais foram divididos em dois grupos (n=8), que receberam diariamente um concentrado isoproteico. O grupo controle recebeu uma dieta sem tanino condensado; e o tratado recebeu, três dias por semana, pó de folhas de B. pulchella na ração correspondendo a 180 mg.kg.PV-1 de tanino condensado por dia. Os caprinos foram mantidos em manejo semi-intensivo com pastejo de oito horas por dia, em piquetes separados, durante 63 dias. Análises de OPG e de eclodibilidade dos ovos foram realizadas semanalmente. Após este período, dois caprinos não infectados por nematódeos gastrintestinais foram alocados em cada piquete/tratamento e posteriormente avaliados quanto à carga parasitária. O OPG não variou entre os tratamentos. A alimentação com pó de folhas de B.pulchella reduziu significativamente a eclosão larvar dos nematódeos gastrointestinais; porém essa inibição diminuiu de forma progressiva ao longo do tempo. Animais que permaneceram no piquete que foi pastejado pelos animais tratados apresentou uma redução de 70% de Trichostrongylus columbriformis em comparação com o controle. B.pulchella afetou a eclosão larvar dos nematódeos e uma redução da infestação por T.columbriformis do piquete. A administração de tanino condensado proveniente de B.pulchella, nas condições analisadas, não reduziu a infecção, mas reduziu a contaminação ambiental por T.columbriformis.