ANAIS 2014
ECTOPARASITAS DE MORCEGOS URBANOS COMO VETORES DA FEBRE MACULOSA BRASILEIRA, RS, BRASIL
Autor(es): André Alberto Witt, Melina Medeiros Espinosa, Carlos Nol, Gilberto Salles Gazeta, Ingrid Benevides Machado, Karen Medeiros Cardoso , Marinete Amorim

ECTOPARASITAS DE MORCEGOS URBANOS COMO VETORES DA FEBRE MACULOSA BRASILEIRA, RS, BRASIL
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: Divisão de Vigilância Ambiental, Centro Estadual de Vigilância em Saúde em Saúde, Secretaria Estadual de Saúde, Rio Grande do Sul
» Agência de fomento e patrocinadores: Divisão de Vigilância Ambiental, Centro Estadual de Vigilância em Saúde em Saúde, Secretaria Estadual de Saúde, Rio Grande do Sul, Brasil); Lab. Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses – LIRN - IOC / FIOCRUZ
Introdução. Na atualidade, os morcegos são considerados como animais sinantrópicos (IN IBAMA nº 141/2006), devido a sua adaptação ao meio ambiente urbano. A grande concentração destes animais silvestres nas cidades põe em alerta as autoridades de saúde pública, visto o potencial destes animais em disseminar doenças. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde, preocupado com esta situação instituiu o Programa de Vigilância de Zoonoses Transmitidas por Morcegos (PVZTM) com o objetivo de estudar a importância dos quirópteros na disseminação de doenças de relevante interesse para a saúde pública. Objetivo. Investigar o potencial dos ectoparasitos de morcegos como vetores de riquétsias, inseridas no contexto da vigilância do ambiente para Febre Maculosa Brasileira (FMB). Metodologia. Até o momento foram coletados ectoparasitos em 28 morcegos, das seguintes espécies: Tadarida brasiliensis (n=19), Eptesicus sp. (n=08) e Histitotus velatus (n=01). Resultados. Foram identificados e contados 244 espécimes de Macronyssus sp (Acarina, Mesostigmata, Macronyssidae). As amostras foram analisadas e revisadas pela equipe do LIRN, seguindo o Procedimento Operacional Padrão do LIRN (POP 017). Destas amostras, 43 espécimens foram submetidos em pools à quantificação genômica e PCR. Foram utilizados primers gênero-específicos (gltA) para detecção de Rickettsia spp. e primers grupo-específicos, para detecção de RGFM (ompA). O preparo das soluções e as condições das corridas da PCR foram adequados para cada tipo de gene pesquisado. Para a visualização do fragmento de DNA amplificados, as amostras foram submetidas à eletroforese em gel de agarose a 2 %, coradas por brometo de etídeo e observadas em luz de ultravioleta. Todas as amostras analisadas foram negativas para a presença de riquétsias, totalizando 39 ensaios para PCR. Conclusão. Espera-se com este trabalho monitorar a circulação de riquetsioses transmitidas por ectoparasitos de morcegos em áreas urbanas, como forma de prevenir a disseminação da FMB.