ANAIS 2014
DIOCTOPHYMA RENALE EM CÃO NA CIDADE DE CURITIBA: RELATO DE CASO.
Autor(es): Paula Giovanna Sbolli Baggio, Nádia Almosny

DIOCTOPHYMA RENALE EM CãO NA CIDADE DE CURITIBA: RELATO DE CASO.
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: UFF (colaborador)
» Agência de fomento e patrocinadores:
A dioctofimose tem como agente causal o nematoda D. Renale e é, frequentemente, descrito parasitando rins de animais carnívoros domésticos e silvestres, mas também são observados em bolsa escrotal e outros pontos ectópicos. e sua distribuição é mundial. O parasita foi descrito pela primeira vez no Brasil no ano de 1860, por Molin, em rim direito de um lobo guará (Chrysocyonbrachyurus). Sua coloração a fresco é avermelhada devido a hematofagia ou devido a um pigmento muito resistente a desoxigenação a vácuo, semelhante a hemoglobina dos vertebrados. Os parasitos adultos apresentam grande tamanho e as fêmeas podem atingir 100 cm de comprimento. A maior taxa de infecção ocorre no rim direito, possivelmente devido a sua vizinhança com o duodeno. Os ovos são bem característicos, de casca espessa e rugosa, coloração castanho amarelada, formato elíptico e bioperculados, sendo eliminados na urina pelo hospedeiro definitivo. Os peixes e rãs são infectados pela ingestão de anelídeos aquáticos infectados. O objetivo deste estudo foi relatar a ocorrência de um caso de parasitismo por Dioctophyma renale em um macho canino adulto, na cidade de Curitiba – PR. O animal coabitava com mais cinco cães em uma chácara, onde há tanques com peixes. O diagnóstico da doença foi um achado clínico ocorrido a partir da avaliação do animal após este ter sido atropelado. Alterações ultrassonográficas, bioquímicas sanguíneas, urinárias, e principalmente o achado de ovos típicos do parasita na urina do cão, foram fundamentais para confirmação do diagnóstico. Foi efetuada a nefrectomia unilateral, quando foram encontrados 3 espécimes adultos no rim direito do animal. A infecção por D. renale é considerada zoonose, portanto deve haver maior atenção por parte da vigilância sanitária em regiões consideradas susceptíveis a evolução do parasita, notadamente em áreas de piscicultura.