ANAIS 2014
USO DO PARÂMETRO FECUNDIDADE DE OOCISTOS PARA AVALIAÇÃO DA IMUNIDADE PROTETORA CONTRA A EIMERIA TENELLA
Autor(es): Alexey Leon Gomel Bogado, Guilherme Felippelli Martins, Odilon Vidotto, Elis Daiane Teodoro, Barbara Kolecha, Letícia Maria Semchechem, Luiz César da Silva, Aline Girotto-Soares, João Luis Garcia

USO DO PARâMETRO FECUNDIDADE DE OOCISTOS PARA AVALIAçãO DA IMUNIDADE PROTETORA CONTRA A EIMERIA TENELLA
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: UNOPAR
» Agência de fomento e patrocinadores: CNPq; UEL.
Na literatura constam vários trabalhos com o objetivo de avaliar a imunidade protetora desenvolvida contra a coccidiose aviária, nos quais se utilizam os mais diversos parâmetros, sendo a produção de oocistos um deles, a qual denota a capacidade do parasita em se multiplicar no hospedeiro. Alguns fatores interferem neste processo, determinando uma alteração na relação de oocistos eliminados para cada oocisto inoculado, logo, alterando a fecundidade. A fecundidade será menor quando houver maior povoamento da mucosa intestinal pelas formas assexuadas, deste modo, a reprodução sexuada precisa competir por espaço e resulta em menor eliminação de oocistos (efeito “crowding”). O objetivo deste trabalho foi estabelecer a taxa do aumento de fecundidade (TAF) em aves vacinadas com proteína recombinante e desafiadas com cepa homóloga. Para isso, foram utilizados três grupos compostos por 20 aves, sendo: G1-vacina rHSP70/Quil-A (50µg), G2– não imunizadas e desafiadas, G3-somente adjuvante Quil-A (50µg). Após a realização de duas doses vacinais via sub-cutânea nos dias 7 e 14, foi feito uma dose de desafio (5,0x104 oocistos de Eimeria tenella) capaz de provocar o efeito “crowding” em todos os grupos. A taxa de aumento de fecundidade (TAF) foi calculada como segue: TAF(%) = (OT-OC)/OTx100, onde OT é a contagem dos oocistos do tratamento, OC é a contagem dos oocistos do controle positivo. O grupo vacinal (G1) e grupo com adjuvante (G3) aumentaram a fecundidade dos oocistos em 66% e 40%, respectivamente, indicando um efeito protetor pela redução do efeito “crowding” nestes grupos em comparação com o controle desafiado (G2). Embora o conceito de fecundidade dos oocistos já esteja descrito na literatura, esta é a primeira vez que é utilizada para explicar o efeito protetor conferido por uma vacina, servindo como uma ferramenta para melhor interpretar a eliminação de oocistos em situações em que o desafio provocou o efeito “crowding”.