DETECÇÃO MOLECULAR DE TRYPANOSOMA CRUZI EM PRIMATAS NEOTROPICAIS DOS ESTADOS DO AMAPÁ E PARÁ, BRASIL
Autor(es): Michele Bahia do Vale Silva, Flavia de Nazare Leite Barros, Paulo César Magalhães Matos, Rafaelle Cunha Santos, Thamirys de Souza Gonçalves, Larissa Saori Inoue, Frederico Ozanan Barros Monteiro, Christina Wippich Whiteman, Gustavo Góes Cavalcante, Alessandra Scofield Amaral
DETECçãO MOLECULAR DE TRYPANOSOMA CRUZI EM PRIMATAS NEOTROPICAIS DOS ESTADOS DO AMAPá E PARá, BRASIL
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
» Agência de fomento e patrocinadores:
Trypanosoma cruzi é o agente etiológico da doença de Chagas e no ambiente silvestre os marsupiais, xenartros, quirópteros, roedores, leporídeos, carnívoros e primatas são considerados reservatórios. O objetivo do presente trabalho foi detectar a infecção natural por T. cruzi em espécies de primatas neotropicais oriundos da Amazônia brasileira, através da Nested-PCR. Durante o período de fevereiro a agosto de 2013 foram coletadas 49 amostras sanguíneas de primatas dos estados do Amapá (n=25) e do Pará (n=24) pertencentes às famílias Cebidae (Sapajus sp. n=16;Sapajus apella n= 4; Cebus olivaceus n=3 e Saimiri sp. n= 8), Callitrichidae (Saguinus midas n= 4), Aotidae (Aotus azarai n=3) e Atelidae (Alouatta caraya n= 1; Alouatta belzebul n= 6; Ateles paniscus n=4). As amostras de sangue total foram obtidas assepticamente através da punção das veias cefálica e femoral, armazenadas em tubos de ensaio com anticoagulante e enviadas para análise no Laboratório de Parasitologia Animal da Universidade Federal do Pará. A extração de DNA genômico foi realizada com um kit comercial. Para a detecção de DNA de T. cruzi nas amostras foi realizada a Nested-PCR com os iniciadores específicos TCZ1 e TCZ2 e TCZ3 e TCZ4, que amplificam um produto final de 149 pares de base da sequência repetitiva do gene miniexon na região de microsatélite do DNA nuclear. DNA de T. cruzi foi detectado em 14,28% (7/49) das amostras nas seguintes espécies: Saguinus midas (n=3) e Cebus olivaceus (n=1) do Amapá e Sapajus sp. (n=2) e Aotus azarai (n=1) do Pará. Primatas não humanos estão infectados por T. cruzi nas áreas estudadas.