Stomoxys calcitrans, conhecido popularmente como “mosca dos estábulos” ou “mosca da vinhaça”, ultimamente está relacionada com os surtos molestando bovinos próximos às plantações de cana de açúcar e Usinas Sucroalcooleiras, fragilizando o agronegócio e diminuindo a produção de alimentos com carne e leite. O presente trabalho tem por objetivo relatar as medidas sociais que a Usina Sucroalcooleira teve com os produtores rurais. Foram realizadas reuniões de sensibilização com produtores rurais, funcionários, técnicos da Usina, veterinários da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo (SAA), bem como todos envolvidos e interessados no assunto. Médicos Veterinários da SAA recomendam medidas de controle químico somente nos animais e cuidados manuais e mecânicos com os locais propícios para a multiplicação das larvas, tais como fezes misturadas à urina, restos vegetais e a própria vinhaça, visto que a vinhaça demonstra-se ser um excelente substrato, atraindo e estimulando as moscas à postura, por outro lado a usina teve a iniciativa, não ambiental, de utilizar técnicas de controle semelhantes ao combate ao mosquito Aedes Aegypti, como a utilização de “fumacê” com inseticidas em locais onde as moscas teriam predileção, como árvores, casas, currais, etc. Observou-se a diminuição relativa das moscas, não incomodando mais os animais, por outro lado, no ano subseqüente, as infestações das moscas retornaram, coincidindo com o período de lançamento da vinhaça nas lavouras de cana de açúcar. Conclui-se que, mesmo que haja esforços para o combate da mosca, animais próximos às lavouras de cana de açúcar serviram como fonte de alimento para as moscas e, as larvas em diapausa que sobreviveram e, as mosca estimuladas para a postura com umidade advinda da vinhaça, contribuíram para a manutenção do ciclo biológico dessa mosca na referida região.
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