ANAIS 2014
PARASITO ENCONTRADO EM COPRÓLITO DE HIENA EXTINTA, MONTE ARGENTÁRIO, ITÁLIA.
Autor(es): Victor Hugo Borba Nunes, Fabio Parenti, Juliana da Matta Furniel Dutra Santiago, Adauto Jose Gonçalves de Araujo

PARASITO ENCONTRADO EM COPRóLITO DE HIENA EXTINTA, MONTE ARGENTáRIO, ITáLIA.
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca - Fiocruz
» Agência de fomento e patrocinadores: CNPq, FAPERJ, CAPES
As hienas ocupam atualmente regiões de planície e desertos da África ao oeste da Ásia e apresentam, em sua maioria, hábitos alimentares carnívoros. São infectadas por parasitos intestinais de grupos diversos de helmintos e protozoários. Surgiram há cerca de 10 milhões de anos antes do presente, descendentes da família Viverridae. A presença de coprólitos em escavações na Europa possibilita estudar a diversidade de parasitos presentes em grupos extintos desses animais. Alguns trabalhos foram realizados com coprólitos de hienas, em sua maioria com foco palinológico, porém poucos obtiveram resultados parasitológicos, a exemplo de um trabalho que constatou a presença de larvas de nematóides. Assim o presente trabalho objetivou analisarum coprólito de hiena para buscar parasitos nesse animal no passado. O material estudado é proveniente de Grosseto, Monte Argentário, Itália, recuperado da Gruta de Santi e enviado ao Laboratório de Paleoparasitologia da ENSP/Fiocruz. Para a análise parasitológica, uma amostra do coprólito foi separada e processada em um aparelho ultrassom até o material apresentar um grau de dissolução que possibilite a visualização em microscópio de luz nos aumentos de 100x e 400x. Como resultado foi encontrado um ovo com características pouco específicas onde apresenta formato oval, com casca lisa, sem a presença de opérculo com medidas de 77,86 x 41,85 µm, assim identificado no grupo dos nematóides. Através dos achados atuais de nematóides em hienas como de Ancylostoma sp, Toxocaris sp, Cylicospirura sp, Aelurostrongylus sp, Nematodirus sp e também da ordem Spirurida, não foi encontrado semelhança tal que justifique a inclusão do ovo encontrado em algum desses gêneros. Permanece, portanto, a identificação específica do parasito, embora se assinale a presença de infecção por nematóide há milhões de anos.