ANAIS 2014
OCORRÊNCIA DE DICTYOCAULUS ARNFIELDI EM EQUINO EM FLORIANÓPOLIS, SC – RELATO DE CASO
Autor(es): Patrizia Ana Bricarello, Denise Pereira Leme, Lanna Trucolo, Franciele dos Santos Goulart, Jaqueline Seugling, Letícia Rodrigues Costa

OCORRêNCIA DE DICTYOCAULUS ARNFIELDI EM EQUINO EM FLORIANóPOLIS, SC – RELATO DE CASO
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina UFSC
» Agência de fomento e patrocinadores:
O Dictyocaulus arnfieldi é um verme pulmonar que acomete equinos e asininos. Este parasita apresenta ciclo de vida direto e os animais eliminam larvas de primeiro estágio nas fezes (L1). Existem apenas dois relatos de D. arnfieldi em populações de equinos no Brasil, de baixa incidência e não relacionados a sinais clínicos específicos. Por queixa pelo proprietário de tosse e dispneia após esforço, um equino, mestiço, de idade superior a 20 anos, mantido a pasto, foi examinado. Ao exame clínico, não foram observados sinais de afecções respiratórias. Tratando-se de animal idoso, foi realizada uma investigação de parasitas gastrintestinais em amostras diárias de fezes por cinco dias consecutivos, refrigeradas e enviadas ao Laboratório de Parasitologia Animal/UFSC para realização de exames parasitológicos. As contagens de ovos nas fezes (OPG) pela Técnica de Gordon e Whitlock demonstraram infecção leve por estrongilídeos gastrintestinais, com valores máximos de 200 OPG nas cinco amostras diárias. Na quarta e quinta amostras foram encontradas nove ovos embrionados, de tamanho similar a ovos de pequenos e grandes estrôngilos. Foram realizadas novas coletas de fezes para realização da Técnica de Baermann para detecção de L1 de nematoides pulmonares. As larvas mediram aproximadamente 450 µm de comprimento, apresentavam grânulos escuros nas células intestinais e movimentação lenta. Um exame detalhado (x400) possibilitou a observação de que a cauda terminava com um pequeno pico, favorecendo a identificação das larvas como D. arnfield. Apesar da queixa de problemas respiratórios, não houve comprovação clínica do quadro, com indicação de observação da evolução de possível afecção; porém, a investigação paralela de vermes gastrintestinais permitiu a identificação de larvas de D. arnfieldi, às quais foram atribuídos os sinais percebidos pelo proprietário. Pelos achados neste relato, sugere-se que queixas e exames relacionados ao sistema respiratório de equinos sejam acompanhados pela investigação de parasitas de ciclos pulmonares.