SUPLEMENTAÇÃO COM ÁCIDOS HÚMICOS PARA O CONTROLE DA VERMINOSE GASTRINTESTINAL DE OVINOS
Autor(es): Maria Christine Rizzon Cintra, Luana Ruthes de Oliveira, Rebeca Wilk, Josiane Batista Mendes Souza, Rüdiger Daniel Ollhoff, Valéria Natascha Teixeira, Ana Silvia Passerino, Cristina Santos Sotomaior |
O parasitismo por nematóides gastrintestinais, principalmente Haemonchus contortus, constitui-se uma das principais enfermidades dos ovinos, sendo causa de redução da produtividade. Devido à resistência dos parasitos aos anti-helmínticos, buscam-se alternativas, como a suplementação com ácidos húmicos (AH). O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta parasitológica e hematológica de ovinos suplementados com AH. Foram utilizados 40 cordeiros da Fazenda Experimental Gralha Azul da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Estes animais foram divididos em dois grupos, com (CAH) e sem suplementação (SAH) de ácidos húmicos. O grupo CAH recebeu 0,5g/kg de peso vivo/dia de AH, via oral, durante 15 dias. Antes do início da suplementação e depois mensalmente, durante quatro meses, realizou-se a colheita de fezes para a contagem de ovos (opg) e colheita de sangue para determinação do valor de hematócrito (Ht) e contagem de eosinófilos sanguíneos circulantes. Para o grupo CAH, a média geral, considerando todas as avaliações, foi de 1693,94 opg, 493 eosinófilos/mm³ e 33,64% Ht e, para o grupo SAH, foi de 1976,24 opg, 486 eosinófilos/mm³ e 32,49%. Houve diferença estatística entre os grupos (p<0,05) para as médias dos valores de Ht na segunda avaliação, realizada logo após o término da suplementação, quando a média de CAH foi 36,25% e de SAH 33,95% (p<0,05). Para o opg, houve diferença na primeira avaliação, quando o grupo CAH apresentava média de opg de 1342,11 e o grupo SAH, média de 652,94, estatisticamente inferior (p>0,05). Nas avaliações seguintes, a média do grupo CAH tornou-se estatisticamente igual ao grupo SAH. Conclui-se que houve influência da suplementação de AH nos valores de hematócrito e opg dos cordeiros avaliados. Períodos maiores de suplementação, assim como novas dosagens precisam ser avaliados. |