ANAIS 2014
CONHECIMENTOS E PRÁTICAS DOS PRODUTORES DE LEITE PARA O CONTROLE DE ECTOPARASITAS EM SANTA CATARINA
Autor(es): Cibele Longo, Jaqueline Seugling, Maria José Hotzel, Patrizia Ana Bricarello

CONHECIMENTOS E PRÁTICAS DOS PRODUTORES DE LEITE PARA O CONTROLE DE ECTOPARASITAS EM SANTA CATARINA
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina
» Agência de fomento e patrocinadores:
Santa Catarina (SC) ocupa o quinto lugar na bovinocultura leiteira nacional. A produção de leite no Estado de Santa Catarina tem importância econômica e social, pois gera renda mensal a milhares de propriedades rurais familiares. Além de comprometerem a qualidade do couro bovino, os ectoparasitas são responsáveis pelo baixo rendimento dos animais e aumento dos custos de produção. Na região, os principais ectoparasitas são o carrapato-do-boi (Rhipicephalus (Boophilus) microplus), a mosca-do-chifre (Haematobia irritans) e o berne (Dermatobia hominis). O objetivo deste trabalho foi avaliar o conhecimento dos agricultores na região sul de SC sobre o controle de ectoparasitas em rebanhos leiteiros. Foi aplicado um questionário semiestruturado em 120 propriedades leiteiras, entre dezembro 2012 e março de 2013. Os resultados foram analisados de forma descritiva utilizando o software R. Apesar de 53% dos agricultores afirmarem que a ocorrência de carrapatos é baixa, 67% afirmaram usar carrapaticidas como método de controle. Os grupos químicos dos carrapaticidas mais usados foram as avermectinas (22%), piretróides ou organofosforados (21%) e associações de piretróides + organofosforados + fitoterápicos (19%). Dos entrevistados, 77% desconheciam alternativas de controle não químicas. A escolha do inseticida é feita com base na indicação dos vendedores das agropecuárias (42%). Há divergências em seguir a instrução da bula para diluição dos inseticidas. Os tratamentos eram realizados sem nenhum critério específico, e aplicados em todo o rebanho em 49% das propriedades, sem equipamento de proteção individual (72%). O tempo de uso do mesmo produto químico varia entre 0 e 2 anos. Estes resultados evidenciam falhas no manejo sanitário das propriedades leiteiras da região sul de SC e que o tratamento contra ectoparasitas é realizado sem considerar aspectos relacionados à biologia dos parasitas, presença de resíduos no leite, informações sobre os princípios ativos ou outras formas de controle no ambiente.