ANAIS 2014
INTENSIDADE DE INFESTAÇÕES POR RHIPICEPHALUS MICROPLUS EM BOVINOS, NA REGIÃO CENTRAL DE MINAS GERAIS.
Autor(es): Daniel Sobreira Rodrigues, Carolina Maria Viana de Freitas, Ricardo Nascimento Araújo, Rebeca Passos Bispos Wanderley Muller, Christiane Maria Barcellos da Rocha, Romário Cerqueira Leite

INTENSIDADE DE INFESTAÇÕES POR RHIPICEPHALUS MICROPLUS EM BOVINOS, NA REGIÃO CENTRAL DE MINAS GERAIS.
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - EPAMIG
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPEMIG, CNPq, MAPA e INCT - Pecuária
A intensidade das infestações por Rhipicephalus microplus são determinadas por complexas interações entre parasito, hospedeiro, ambiente e homem. O entendimento dessas relações é essencial na elaboração de estratégias eficientes de controle. Na Região Central de Minas Gerais, importante bacia leiteira do Estado, existem poucos estudos sobre comportamento das cargas parasitárias em bovinos, em condições reais. O objetivo desta pesquisa exploratória foi observar a intensidade das infestações em rebanho bovino submetido a diferentes condições de manejo, representativas da sua região. Para isso, 80 vacas 3/4 Holandês x Zebu foram divididas em quatro grupos homogêneos, mantidos em áreas contíguas independentes, preservando-se as demais atividades de produção de leite. Os grupos, G1 e G2, foram manejados em pastoreio rotacionado, com média de 26 UA/ha, enquanto G3 e G4 foram mantidos em pastoreio convencional, com média de 1,5 UA/ha. Os grupos G1 e G3 foram submetidos a banhos carrapaticidas de baixa qualidade, enquanto G2 e G4, a banhos de alta qualidade. Durante 22 meses foram realizadas 53 contagens de carrapatos e 31 banhos carrapaticidas. Para avaliação, foram utilizados dados brutos e estatística descritiva. No total, foram observadas 266.976 fêmeas acima de 04 mm e valores de média e desvio padrão de 69±131. Para G1, G2, G3 e G4 os valores absolutos, médias e desvios foram, respectivamente: 96.898 (99±162); 64.306 (66±119); 63.718 (68±127); 42.054 (42±101). Entre G1 e G4 a diferença de carga parasitária foi de 57%, enquanto G2 e G3 apresentaram diferença de apenas 1%. As diferenças entre todas as demais situações variaram entre 34 e 35%. Os resultados evidenciam o aumento das infestações em decorrência do aumento de densidade de hospedeiros e de falhas de aplicação de acaricidas. Além disso, ilustram a perspectiva desafiadora em relação ao controle do carrapato, indicada pela tendência à intensificação das pastagens para produção de leite no Brasil.