ANAIS 2014
EFEITO CICATRIZANTE DO CARVACROL EM BEZERROS INFESTADOS COM RHIPICEPHALUS (BOOPHILUS) MICROPLUS
Autor(es): Taynan Dulce da Silva Rosa, Rayule Cristina Ribeiro Lopes, Larissa Sarmento dos Santos, Aldilene da Silva Lima, Mayra da Silva Oliveira, Fernando Almeida de Souza, Lívio Martins Costa Júnior, Alcina Vieira de Carvalho Neta

EFEITO CICATRIZANTE DO CARVACROL EM BEZERROS INFESTADOS COM RHIPICEPHALUS (BOOPHILUS) MICROPLUS
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: Universidade Estadual do Maranhão
» Agência de fomento e patrocinadores: Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão - FAPEMA
A cicatrização de feridas consiste em uma coordenada cascata de eventos celulares, moleculares e bioquímicos que interagem para que ocorra a reconstituição tecidual. A injúria tecidual provocada pelo Rhipicephalus (Boophilus) microplus resulta em uma inflamação local com edemaciamento do tecido envolvido e recrutamento de células. Já foram constatados os efeitos acaricida e antimicrobiano do carvacrol, composto presente no óleo essencial da planta Lippia gracilis. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito cicatrizante do carvacrol em bezerros infestados com Rhipicephalus (Boophilus) microplus. Os animais foram divididos em grupo controle (um animal sem carrapato e sem carvacrol), grupo carvacrol (dois animais infestados e tratados com carvacrol) e o grupo água (um animal infestado e tratado com água). Os animais infestados receberam em média 2.500 larvas do carrapato. Durante as infestações, os bezerros foram mantidos em baias, com água e sal mineral à vontade, e alimentados ração balanceada nas dependências da Universidade Federal do Maranhão. Para avaliar o efeito cicatrizante, 18 dias pós-infestação, foi retirada uma amostra de pele de aproximadamente 2 cm na região lombar de cada bezerro, em seguida foi aplicado carvacrol na concentração de 4,46 mg/mL no local da lesão durante 15 dias. Foram realizadas medições diárias utilizando o paquímetro digital. Os dados representam média ± desvio padrão, com *p<0,05, **p<0,01 quando o grupo tratado é comparado com o grupo controle após análise de variância (ANOVA). Os protocolos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética em Uso Animal da Universidade Federal do Maranhão (nº 23115018061/2011-01). As lesões tratadas com carvacrol apresentaram diminuição progressiva significante da área no 3º, 4º e 5º dia (p<0,05) e no 2º, 6º, 7º, 8º e 9º (p<0,01), não havendo diferença significativa do 10º ao 15º dia quando comparadas ao grupo controle. Em relação ao grupo dos animais tratados com água, não foram observadas diferenças significativas em relação aos grupos avaliados. Dessa forma, os resultados obtidos sugerem que o composto testado influenciou no processo de cicatrização no período avaliado.