ANAIS 2014
COCCIDIOSE HEPÁTICA EM CRENICICHLA LENTICULATA ORIUNDO DO MUNICÍPIO DE SALVATERRA, ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ, PARÁ
Autor(es): Ana Beatriz Mendes Amaral Ramos, Rebeca Araújo da Silva, Patricia Sacco dos Santos, Michele Velasco Oliveira da Silva, Edilson Rodrigues Matos

COCCIDIOSE HEPáTICA EM CRENICICHLA LENTICULATA ORIUNDO DO MUNICíPIO DE SALVATERRA, ARQUIPéLAGO DO MARAJó, PARá
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA
» Agência de fomento e patrocinadores: CNPq, CAPES, ICMBIO-SISBIO, FAPESPA, Banco Santander, IFPA.
Crenicichla lenticulata, um peixe de aguá doce popularmente conhecido como Jacundá. Habita em remansos de rios, lagoas e represas, sua alimentação é carnívora, geralmente consumindo pequenos invertebrados. Especialmente do Norte do Brasil, é considerado importante na alimentação e na fonte de renda de muitas populações ribeirinhas. Os coccídios pertencem a um grupo de microrganismos do filo apicomplexa, considerados parasitos intracelulares obrigatórios. São principalmente parasitas intestinais, podendo ocasionar uma eventual infeção em todas as classes de vertebrados e invertebrados. Dentre as espécies de Apicomplexa, o gênero Calyptospora é o mais comum parasitando peixes, ocasionando lesões especialmente no fígado de seus hospedeiros. Com objetivo de descrever a ocorrência de coccídio hepático no hospedeiro em estudo, foram coletados algumas amostras de C. lenticulata, capturados no município de Salvaterra, arquipélago do Marajó, Pará (latitude 00º45'12" S 48º31'00" O). Após a captura, os animais foram acondicionados em sacos plásticos com aeração artificial, transportados vivos até o Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (LPCA) localizado na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Em seguida, os animais foram anestesiados, sacrificados e necropsiados, com a observação de seus tecidos e órgãos pelo auxílio de estereomicroscópio. Foram retirados fragmentos do fígado e avaliados, verificada a presença do parasita, o fígado foi colhido e fixado em Davidson, desidratado em série crescentes de álcoois, diafanizado em xilol, corados e montado em lâminas com entellan, seguida de observação em microscópio óptico. Os oocistos apesentavam 4 esporocistos com formato piriforme e no interior de cada 2 esporozoítos, dessa forma os oocistos foram identificados como pertencentes ao gênero Calyptospora Overstreet, Hawkins e Fournie, 1984. É importante estudos a respeito da presença de doenças em populações de peixes, assim como, o aperfeiçoamento do estudo em microscopia de luz, microscopia eletrônica de transmissão e biologia molecular, para determinação da espécie de parasito.