TRATAMENTO ORAL COM EXTRATO DE MORINDA CITRIFOLIA EM CAMUNDONGOS BALB/C INFECTADOS POR LEISHMANIA AMAZONENSIS
Autor(es): Fernando Almeida de Souza, Bruno Vinícius Conceição Souza, Flávia Cardoso de Oliveira, Renata Mondego de Oliveira, Celeste da Silva Freitas Souza, Kátia da Silva Calabrese, Ana Lucia Abreu-Silva
TRATAMENTO ORAL COM EXTRATO DE MORINDA CITRIFOLIA EM CAMUNDONGOS BALB/C INFECTADOS POR LEISHMANIA AMAZONENSIS
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Instituto Oswaldo Cruz, Fiocruz/RJ
» Agência de fomento e patrocinadores: CNPq, FAPEMA
As leishmanioses são um complexo de doenças consideradas como um problema de saúde pública grave, que precisa de melhores terapias em consequência da ausência de uma vacina eficaz e da quimioterapia debilitante existente. Assim, tratamentos alternativos têm sido buscados, como o uso de fitoterápicos. Diversos estudos realizados com a Morinda citrifolia (noni) demostraram complexa composição química e variadas atividades biológicas. Desta forma, o objetivo do presente trabalho é mostrar a atividade leishmanicida, in vivo, do extrato bruto do fruto do noni. Resultados obtidos por nosso grupo mostraram atividade leishmanicida in vitro deste extrato, com mecanismos de ação direta e indireta sobre a Leishmania amazonensis. A fim de identificarmos a ação deste extrato sobre a infecção experimental in vivo, BALB/c fêmeas foram infectados na pata com 104 formas amastigotas de L. amazonensis e após 30 dias de infecção tratados oralmente por 30 ou 60 dias com 100mg/kg deste extrato. Durante o período de tratamento avaliou-se a cinética da lesão com auxílio de paquímetro e observou-se a diminuição gradativa da espessura do edema de pata, principalmente a partir da sexta semana pós-tratamento. Os animais foram necropsiados após o término do tratamento para a avaliação histopatológica, a qual mostrou no ponto de infecção uma reação inflamatória difusa do tipo mononuclear com raros macrófagos parasitados e eosinófilos, contrastando com o controle não tratado, que apresentou reações inflamatórias difusas compostas por macrófagos intensamente parasitados e extensas áreas de necrose na lesão primária. Provas bioquímicas para avaliação da função hepática e renal foram realizadas e não se observou diferenças entre os animais tratados e os normais. Assim, concluímos que o extrato bruto do fruto de M. citrifolia provoca diminuição do edema de pata induzido pela infecção por L. amazonensis e diminuição do numero de parasitos na área da lesão, sem, entretanto induzir alterações hepática ou renal.