ZONEAMENTO BIOCLIMATOLÓGICO E MAPAS DE PREVALÊNCIA PARA FASCIOLA HEPATICA NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, BRASIL
Autor(es): Barbara Rauta de Avelar, Deivid França Freitas, Isabella Vilhena Freire Martins, Daniel da Silva Gomes , Gleissy Mary Amaral Dino Alves dos Santos, Alexandre Rosa dos Santos |
A fasciolose é uma enfermidade que acomete ruminantes ocasionando grandes perdas econômicas à pecuária mundial. Estas são refletidas diretamente pela queda na produção leiteira e redução do peso das carcaças, retardo no desenvolvimento, além da condenação em matadouros de um grande número de fígados contaminados. Nesse sentido, o presente estudo procurou elaborar um zoneamento bioclimatológico e determinar a prevalência da fasciolose bovina com a sua real origem no estado do Espírito Santo por meio de dados de abate fornecidos por um matadouro localizado no município de Anchieta sob a regulamentação do Serviço a Inspeção Estadual (SIE). A partir da análise dos dados epidemiológicos, foi realizado o mapeamento cartográfico utilizando o programa ArcGIS/ArcINFO 10.1 elaborando um mapa de zoneamento bioclimatológico atual e mapas que refletem a prevalência da fasciolose no estado, por municípios no período de 2009 a 2011. Assim, ficou evidente no mapa de zoneamento que 52,24% do total de áreas do estado situavam-se em locais considerados favoráveis ao desenvolvimento de F. hepatica e de seus hospedeiros intermediários. Para os dados epidemiológicos fornecidos pelo matadouro, estes indicaram uma alta prevalência para nos municípios situados na região Sul do estado, com valores que variaram de 0,01% a 2,09% , sendo que os municípios que mais se destacaram foram Jerônimo Monteiro, Alegre e Cachoeiro de Itapemirim, com médias de infecção de 1,21%, 1,07% e 2,09% respectivamente. Em relação à distribuição dos municípios segundo a origem dos animais positivos, a correlação obtida entre as áreas aptas e as prevalências encontradas foi de 0,09. Portanto, embora os dados apresentem uma inferência das prevalências sobre o zoneamento, a prevalência observada em alguns municípios que foram positivos para a fasciolose nem sempre poderá representar de forma evidente a realidade, uma vez que os dados coletados nos matadouros nem sempre podem refletir a verdadeira origem dos animais.
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