SOROPREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO DO CALAZAR CANINO NA ZONA RURAL DE PATOS, PB.
Autor(es): Rodrigo de Souza Mendes, Vanessa Lira de Santana, Raizza Barros Sousa Silva, Heitor Cândido de Souza, Tereza Emmanuelle de Farias Rotondano, Almir Pereira de Souza, Marcia Almeida de Melo
SOROPREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO DO CALAZAR CANINO NA ZONA RURAL DE PATOS, PB.
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Campina Grande
» Agência de fomento e patrocinadores: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq.
A leishmaniose visceral é causada, no Brasil, pela Leishmania infantum. É uma zoonose crônica e, frequentemente, fatal, sendo considerada um grave problema de saúde pública no mundo e reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como uma das dezessete doenças tropicais negligenciadas. O presente estudo foi realizado em 2012, na zona rural do município de Patos, semiárido paraibano, com o objetivo de estimar a prevalência e os fatores de risco da leishmaniose visceral canina na região. Foram coletadas 365 amostras de sangue e a prevalência sorológica foi determinada através de três técnicas: Enzyme Linked Immunosorbent Assay (ELISA); Reação de imunofluorescência indireta (RIFI) e Teste Imunocromatográfico DPP (Dual Path Plataform), sendo consideradas positivas as amostras que apresentaram pelo menos dois testes reagentes. Aplicou-se um questionário epidemiológico aos proprietários para identificação dos fatores de risco. A soroprevalência encontrada foi de 11,23% (41/365). O fator de risco identificado na análise multivariada por regressão logística múltipla foi o sexo (Odds Ratio = 2,15), em que os cães machos apresentam 2,15 vezes mais chances de apresentar a doença, que pode ser justificado por uma maior renovação da população de fêmeas. A prevalência da leishmaniose visceral canina aumentou consideravelmente no município de Patos comparado ao levantamento realizado em 2000, em 2379 animais, onde a prevalência foi de 1,97%. Intervenções de controle com base no sexo do cão não devem ser recomendadas até que mais investigações sejam desenvolvidas para confirmar tal associação.