ANÁLISE MOLECULAR DE CRYPTOSPORIDIUM SPP. EM BEZERROS E HUMANOS DE ASSENTAMENTOS RURAIS DE SÃO PAULO
Autor(es): Lucas Vinicius Shigaki de Matos, Julia Cestari Pierucci, Bruno César Miranda Oliveira, Milena Araúz Viol, Mirian Yumi Makatu, Luiz da Silveira Neto, Roberta Lomonte Lemos de Brito, Weslen Fabricio Pires Teixeira, Alvimar José da Costa, Marcelo Vasconcelos Meireles, Katia Denise Saraiva Bresciani |
Coccídio intracelular obrigatório das células epiteliais do trato gastrointestinal e respiratório do homem e de alguns animais, o gênero Cryptosporidium. Formas de transmissão são zoonóticas, antroponóticas e por meio de ingestão de alimento ou água contaminada direta ou indiretamente por resíduos fecais com a presença de oocistos esporulados. Nesse estudo foram utilizados 231 bezerros, com faixa etária compreendida desde o nascimento até seis meses de idade, sendo 128 fêmeas e 103 machos, 100 animais da raça holandesa e 131 mestiços. O objetivo deste estudo foi caracterizar molecularmente infecções por Cryptosporidium spp em bezerros e humanos de dois assentamentos rurais na região Noroeste do Estado de São Paulo. As colheitas amostrais foram realizadas nos assentamentos São José I e Salvador, localizados na latitude de -21.166062º e longitude -50.186433° entre os municípios de Birigui e Brejo Alegre, SP, Brasil. As fezes foram colhidas diretamente da ampola retal dos animais, utilizando-se sacos plásticos, acondicionadas em recipiente isotérmico, levadas ao laboratório de parasitologia, onde foi feita a pesquisa de oocistos do referido protozoário nas amostras fecais bovinas por meio da técnica de Nested-PCR. Do total de amostras analisadas, 17/231 (7,36%) dos bezerros e 1/54 (1,85%) dos humanos mostraram-se positivos com o emprego da referida técnica. Na estatística foi utilizada análise de correspondência múltipla que mostrou uma associação entre a presença do Cryptosporidium spp. por meio da reação em cadeia da polimerase, nested-PCR com consistência de fezes aquosas. As análises das sequências revelaram no humano C. parvum, sendo que nos bovinos houve 100% de identidade (JN247404.1) com Cryptosporidium parvum, semelhança com Cryptosporidium andersoni (JQ313952.1) e Cryptosporidium bovis (JX416364.1), em uma, 15 e uma amostra, respectivamente. Assim, foi possível caracterizar molecularmente três espécies de Cryptosporidium spp. na espécie bovina e uma em humanos destes locais, sendo que estes foram particularmente incidente em fezes com maior hidratação.
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