A região Nordeste detém aproximadamente 91,4% do rebanho caprino brasileiro. A caprinocultura tem grande importância econômica e de subsistência entre as famílias alagoanas. O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência de parasitos gastrintestinais em caprinos criados em sistema extensivo e semiextensivo, provenientes de diferentes municípios do Estado de Alagoas. Entre abril de 2013 a abril de 2014, foram coletadas fezes de 179 caprinos de diferentes raças, sexo e faixa etária, provenientes de 10 propriedades. As fezes foram coletadas diretamente da ampola retal dos animais com uso de luvas e saco plástico. O material foi identificado e, em seguida, armazenado em caixa isotérmica e transportado até o laboratório de Doenças Parasitárias da Universidade Federal de Alagoas, Pólo Viçosa, onde foi analisado utilizando a Técnica de Gordon e Whitlock. Das amostras coletadas 79,88% (143/179) foram positivas para algum tipo de helminto. Todos os animais positivos (143/143) estavam parasitados por Trichostrongyloidea. Dentre os animais positivos também foram observadas prevalências de: 36,31% (52/143) para Eimeria sp., 5,02% (9/143) para Trichuris sp., 1,67% (3/143) para Moniezia sp. e 1,11% (2/143) para Ascaris sp. A média dos valores de OPG do Sistema Extensivo foi de 842,85 (desvio padrão = ± 847,54) e de 1.133,70 (desvio padrão = ± 1.792,84) no Sistema Semi-Extensivo, sem diferença estatística entre ambos (p = 0,2863). Os animais apresentaram grau de parasitismo leve para Eimeria sp. O presente trabalho evidencia a presença de helmintos gastrintestinais no rebanho caprino alagoano, devendo-se atentar a baixos níveis produtivos entre os animais parasitados, resultando em perdas econômicas.
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