ANAIS 2014
INVESTIGAÇÃO DAS MEDIDAS DE CONTROLE PARASITÁRIO E TRATAMENTO ANTI-HELMÍNTICO EM REBANHOS DE EQUINOS
Autor(es): João Henrique Silva Vera, Isabela de Lima Saes, João Victor Tino Dellaqua, Paulo Henrique Yamada, Daniele Floriano Fachiolli, Ricardo Velludo Gomes de Soutello, Camila Ferraz Bezerra da Silva, Diego Liberal Muniz

INVESTIGAÇÃO DAS MEDIDAS DE CONTROLE PARASITÁRIO E TRATAMENTO ANTI-HELMÍNTICO EM REBANHOS DE EQUINOS
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Campus de Dracena – SP, Brasil.
» Agência de fomento e patrocinadores: Fapesp
Os estrongilídeos representam uma ameaça constante para a saúde, bem-estar e desempenho dos equinos. Devido ao seu uso indiscriminado, existem sinais de resistência dos estrongilídeos à ação anti-helmíntica das drogas, fato que compromete o controle desses parasitos. Tendo em vista a ausência de informações relacionadas aos manejos de aplicação de anti-helmínticos em rebanhos de equinos, o presente estudo teve como objetivo investigar as medidas de controle parasitário praticadas em diferentes rebanhos na região oeste do estado de São Paulo / Brasil. O estudo foi realizado de fevereiro a dezembro de 2013, em 10 propriedades da região. As medidas adotadas foram investigadas através de inquéritos aplicados aos criadores, estes continham perguntas sobre o manejo adotado e a frequência de utilização das drogas nas propriedades. As respostas dos questionários aplicados apontaram que, a ivermectina foi o princípio ativo mais utilizado, 90% dos produtores utilizaram esse composto nos últimos cinco anos. A frequência entre os tratamentos anti-helmínticos variaram entre duas vezes ao ano e uma vez a cada dois anos, sendo que, 40% dos criadores utilizam o esquema de tratamento a cada três meses. A maioria das propriedades investigadas adotam o sistema de pastejo contínuo (70%), apenas 30% utilizam o sistema de pastejo rotacionado como estratégia de controle da verminose. Os dados mostraram que os tratamentos anti-helmínticos, de um modo geral, não possuem fundamentos estratégicos adequados, sendo realizados, na maioria das vezes, em meses onde a aplicação não corresponderia necessariamente as épocas de maior eliminação de ovos nas fezes. Nenhuma das propriedades realizavam o monitoramento da eliminação de ovos nas fezes e teste de eficácia dos tratamentos. Os resultados dos inquéritos demonstram uma necessidade de mudanças no manejo de tratamento anti-helmíntico das propriedades, podendo ser introduzidas medidas de controle seletivo, tratando somente os animais com contagem de ovos por grama de fezes elevada.