RESISTÊNCIA ANTI-HELMÍNTICA EM ESTRÔNGILÍDEOS DE EQUINOS NA REGIÃO OESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL
Autor(es): João Henrique Silva Vera, Isabela de Lima Saes, João Victor Tino Dellaqua, Dayane Souza Silva, Fernando Gabriel Morelli, Leandro Fabrício Barbosa da Silva, Paulo Henrique Yamada, Ricardo Velludo Gomes de Soutello |
As infecções por nematóides gastrintestinais acometem praticamente todo o rebanho equino criado a pasto. Esses nematódeos, em particular os estrongilídeos, representam uma ameaça constante para a saúde, bem-estar e desempenho. A profilaxia destas infecções é baseada no emprego de drogas anti-helmínticas. Entretanto, devido ao uso indiscriminado e inadequado dos produtos, existem sinais de resistência dos estrongilídeos a ação anti-helmíntica das drogas, comprometendo o controle desses parasitos. O presente trabalho teve como objetivo a avaliação da eficácia das principais classes dos anti-helmínticos utilizados: benzimidazois (Fenbendazole), avermectinas (ivermectina) e milbemicinas (moxidectina), em diferentes rebanhos de equinos na região oeste do estado de São Paulo / Brasil. O estudo foi realizado de fevereiro a dezembro/2013 em 10 propriedades da região, sendo selecionados de 24 a 33 animas por propriedade. As avaliações coprológicas foram determinadas através da contagem de ovos por grama de fezes (OPG) em duplicata e coproculturas para a identificação das larvas de terceiro estágio (L3) dos estrongilídeos. Os resultados analisados por meio do teste de redução na contagem de ovos por grama de fezes (R-OPG), apontaram uma redução inferior a 90% em 9 fazendas após o tratamento com fenbendazole, comprovando resistência aos benzimidazois. Por outro lado, moxidectina propiciou 100% de R-OPG em 9 propriedades, somente em uma delas a R-OPG deste grupo foi de 99,33%. A ivermectina promoveu R-OPG de 100% em sete propriedades, em outras três obteve 99,81%, 99,52% e 98%, respectivamente. Após a identificação das larvas das L3, pôde ser observado que os ciatostomíneos constituíam a maioria dos estrongilídeos presentes, com 97,96% de média entre as propriedades no dia do tratamento. Dessa forma, foi possível detectar a presença da resistência anti-helmíntica ao fenbendazol e ainda a alta eficácia da ivermectina e moxidectina em rebanhos de equinos na região oeste de estado de São Paulo. |