PERFIL SOROLÓGICO DE CÃES COM INFECÇÃO NATURAL POR LEISHMANIOSE VISCERAL SUBMETIDOS A PROTOCOLOS DE TRATAMENTO
Autor(es): Júlio Rodrigues Pereira Júnior, Glaucia Grazielle do Nascimento, Márcia Paula Oliveira Farias, Ivete Lopes de Mendonça, Maria Fernanda Melo Monteiro, Leucio Câmara Alves
PERFIL SOROLÓGICO DE CÃES COM INFECÇÃO NATURAL POR LEISHMANIOSE VISCERAL SUBMETIDOS A PROTOCOLOS DE TRATAMENTO
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
» Agência de fomento e patrocinadores:
A leishmaniose visceral canina é considerada uma doença imunomediada em função da formação de imunocomplexos e da hipergamaglobulinemia. Neste sentido vários testes sorológicos com diferentes sensibilidades e especificidades têm sido utilizados no diagnóstico da infecção. O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil sorológico de cães naturalmente infectados com L. (L.) infantum chagasi submetidos a dois protocolos de tratamento através da Reação de Imunofluorescência Indireta e do teste Imunocromatográfico rápido. Para tanto, foram utilizados 11 cães com diagnóstico sorológico e parasitológico para Leishmaniose Visceral, divididos em dois grupos. No grupo I (n=4), receberam alopurinol/vacina e grupo II (n=7), alopurinol/vacina/domperidona. Os animais foram avaliados antes do tratamento (Momento zero - M0), três meses e seis meses após tratamento (M3 e M6). Observou-se que 90,90% dos animais apresentaram tilulação de 1:80 no M0 na RIFI (três animais do grupo I e todos do grupo II). No grupo I, 75% dos animais apresentaram titulações de 1:320, e 50% obtiveram titulação de 1:160 no M0, permanecendo estes valores no M3. Após seis meses de tratamento os animais deixaram de ser reagentes na titulação 1:160. No grupo II todos os animais apresentaram titulações variando de 1:80 a 1:640 nos momentos M0, M3 e M6. Com relação ao TR-DPP, foi possível observar que todos os animais do grupo I (oligossintomáticos e polissintomáticos) foram reagentes em todos os momentos e que apenas um animal do grupo II não foi positivo no teste. Conclui-se que a sororreação até 1:160 permaneceu em animais dos grupos I e II nos momentos M0, M3 e M6, exceto os animais do grupo I no M6, onde houve negatividade, sugerindo que o ponto de corte para cães em tratamento para leishmaniose visceral seja a partir desta titulação.