SITUAÇÃO ATUAL DA EPIDEMIOLOGIA DA LEISHMANIOSE VICERAL EM FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL
Autor(es): Ana Caroline Moura Rodrigues, Nélio Batista de Morais, Antônio Domingos de Souza Júnior, Sérgio de Oliveira Franco , Wesley Lyeverton Correia Ribeiro, Renato Lobo dos Santos, Rafaela Damasceno Magalhães, Claudia Maria Leal Bevilaqua
SITUAçãO ATUAL DA EPIDEMIOLOGIA DA LEISHMANIOSE VICERAL EM FORTALEZA, CEARá, BRASIL
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
» Agência de fomento e patrocinadores: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)
A Leishmaniose Visceral Americana (LVA) é uma doença crônica, causada pelo protozoário Leishmania (Leishmania) infantum, ocorrendo atualmente em todos as regiões do Brasil. O município de Fortaleza é considerado área endêmica de transmissão intensa, apesar disso, poucos aspectos relacionados a epidemiologia da LVA tem sido investigado nesta região. O objetivo do trabalho foi descrever um panorama geral da situação atual da LVA no município de Fortaleza. Os dados referentes a LVA do período de 2009 a 2013 foram solicitados à Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza por meio do Centro de Controle de Zoonoses. Os dados fornecidos foram analisados, avaliando-se as variáveis: casos confirmados, óbitos e distribuição por sexo e faixa etária. No período de 2009 a 2013 foram confirmados 984 casos e 55 óbitos. A letalidade média no período foi de 5,5%. O ano de 2010 destaca-se com 262 casos confirmados e 11 óbitos. Na distribuição por sexo, verifica-se que há uma maior proporção de casos no sexo masculino em todos os anos analisados, com destaque para o ano de 2010 com 64,8% dos casos e o sexo feminino apresentando 35,2%. No que concerne a faixa etária, existe relato de caso desde menores de 1 ano até mais de 80 anos, entretanto, deve-se destacar que a faixa etária de 0 a 4 anos apresenta a maior porcentagem de casos, destacando-se o ano de 2010 com 31,5% dos casos. A LVA constitui um importante problema de saúde pública no município de Fortaleza, com alto número de casos humanos e letalidade afetando principalmente crianças. A situação observada no município de Fortaleza poderá subsidiar novas pesquisas sobre o tema, com ênfase na definição das áreas de risco e na avaliação do real impacto das atuais estratégias de controle sobre a incidência da doença na população.