PRESENÇA DO ÁCARO MYOCOPTES MUSCULINUS EM CAMUNDONGO MUS MUSCULUS DIAGNOSTICADO ATRAVÉS DE COPROPARASITOLÓGICO DE SERPENTE.
Autor(es): Rogerio Raichert Junior, Yohhane Tracy Hofmann Nascimento, Priscila Ikeda, Samara de Oliveira Freitas, Meire Christina Seki
PRESENçA DO áCARO MYOCOPTES MUSCULINUS EM CAMUNDONGO MUS MUSCULUS DIAGNOSTICADO ATRAVéS DE COPROPARASITOLóGICO DE SERPENTE.
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: Univerdade Estadual do Centro-Oeste
» Agência de fomento e patrocinadores:
Os ácaros Myocoptes musculinus, Notoedres muris e Chirodiscoides caviae são ectoparasitas de roedores de laboratórios e são diagnosticados através da vigilância individual das colônias. A infestação pelo ácaro pode ser assintomática ou apresentar prurido, alopecia irregular e acumulo de debris celulares nos locais afetados. O presente trabalho tem o objetivo de relatar a presença da sarna Myocoptes musculinus em camundongos (Mus musculus) diagnosticado através de coproparasitológico de serpentes. No exame coproparasitológico de rotina das serpentes do Setor de Atendimento a Animais Selvagens (SAAS) da UNICENTRO –PR, foram observados ovos, larvas, ninfas e adultos de M. musculinus. O diagnóstico da sarna em camundongos foi realizada através do raspado de pele dos camundongos que serviam de alimento para as serpentes, onde foi observada a presença de ovos de M. musculinus aderidos nos pelos destes animais. Após confirmação do diagnóstico, os camundongos foram tratados com ivermectina tópico por 7 dias e na água de beber três vezes por semana. O diagnóstico de sarna pode ser realizado através da microscopia óptica da impressão de pelos em fita adesiva ou coleta de pelos e raspado de pele. Os dois últimos métodos são muito mais sensíveis para o diagnóstico, contudo pode requerer anestesia ou até mesmo eutanásia dos animais. Há relatos de achados de ovos de M. musculinus nas fezes e intestino de serpentes após se alimentarem de camundongos. A infestação de camundongos por ácaros superficiais, apesar de ser muitas vezes assintomática, pode ser um problema, pois pode afetar resultados de determinadas pesquisas e diminuir a qualidade de um biotério. Além disso, a realização de exames coproparasitológicos de predadores requer atenção na hora da leitura para a não interpretação errada da presença de ovos, oocistos e até mesmo presença de ácaros como parasitas do predador e não da presa.