ANAIS 2014
COMPETÊNCIA DE TURDUS SP COMO AMPLIFICADOR DE RICKETTSIA RICKETTSII PARA NINFAS DE AMBLYOMMA AUREOLATUM
Autor(es): Angela Carolina Guillen, Gabriela Takeda, Adriano Pinter

COMPETêNCIA DE TURDUS SP COMO AMPLIFICADOR DE RICKETTSIA RICKETTSII PARA NINFAS DE AMBLYOMMA AUREOLATUM
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: Superintendência de Controle de Endemias
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPESP 2012/01764-1
Carrapatos são importantes vetores de agentes infecciosos. A fauna ixodológica do Brasil é atualmente composta por mais de 60 espécies, mas apenas as riquetsioses são reconhecidas zoonoses transmitidas por carrapatos. A Febre Maculosa Brasileira tem como agente etiológico a bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida na região Metropolitana de São Paulo pelo carrapato Amblyomma aureolatum, este carrapato utiliza aves passeriformes, em especial o sabiá (Turdus sp), como hospedeiros primários das fases imaturas. É conhecido que os hospedeiros das fases subadultas dos carrapatos costumam desempenhar o importante papel de amplificadores da bactéria R. rickettsii, assim Turdus sp podem ser uma importante fonte de amplificação do agente etiológico para a população de carrapatos. No presente estudo foram realizadas quatro infestações experimentais seriadas (7 dias entre infestações) com ninfas de A. aureolatum em três indivíduos do gênero Turdus sp. A primeira infestação foi feita com cinco ninfas da colônia não infectada, a segunda foi realizada com cinco ninfas previamente infectadas com R. rickettsii (identificadas com a amputação do metatarso da pata esquerda III) e cinco susceptíveis, a terceira e a quarta foram realizadas com ninfas suscetíveis. Todas as ninfas de A. aureolatum alimentadas foram deixadas para realizar ecdise e os adultos subsequentes foram macerados e parte foi inoculado em cobaias e parte foi submetido à PCR, assim como amostras de sangue das aves colhidas em cada uma das infestações, para detecção de R. rickettsii para os genes gltA; htr e ompA. Apenas as ninfas da colônia infectado foram positivas na PCR, todas as ninfas susceptíveis e o sangue colhido das aves se mostraram negativas, assim como nenhuma cobaia apresentou manifestação clínica compatível com infecção por R. rickettsii. Os resultados mostram que Turdus sp não desempenham o papel de amplificador de R. rickettsii para ninfas de A. aureolatum