ANAIS 2014
MIGRAÇÃO VERTICAL DE LARVAS INFECTANTES DE PARASITAS GASTRINTESTINAIS DE OVINOS PARA A PASTAGEM
Autor(es): Bruna Fernanda da Silva, Trucolo, L., Ferreira, E.C., Leonardo Leite Cardozo, Medeiros, B., Patrizia Ana Bricarello

MIGRAçãO VERTICAL DE LARVAS INFECTANTES DE PARASITAS GASTRINTESTINAIS DE OVINOS PARA A PASTAGEM
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade do Planalto Catarinense
» Agência de fomento e patrocinadores: Pronem - Fapesc
As infecções por nematódeos gastrintestinais é o principal entrave na produção de ovinos. O ponto chave da transmissão do parasita se dá pela migração das larvas infectantes (L3) das fezes para o capim. Assim, este trabalho teve por objetivo avaliar a migração das L3 de nematódeos gastrintestinais de ovinos em pastagem de campo nativo na Serra Catarinense. Para isto, em setembro de 2013, fezes ovina com L3 foram depositadas em meio a pastagem com altura de 20 cm. Amostras de capim (0-10 cm e >10 cm), as fezes remanescentes e uma camada de 1 cm de solo foram colhidas em dias alternados, iniciando as coletas 24h após a deposição das fezes em meio a pastagem, totalizando cinco amostragens. As L3 foram recuperadas pela técnica de Baermann, quantificadas e identificadas segundo a morfologia. Durante o período experimental a temperatura média variou de 11 a 20◦C e a umidade relativa do ar foi de 75 a 89%. L3 dos gêneros Haemonchus e Trichostrongylus foram recuperadas principalmente das fezes, do solo e do estrato de 0-10 cm na pastagem (P > 0,05). A maior quantidade de L3 recuperadas do ápice da planta (>10 cm) ocorreu no segundo dia de coleta, com média de 862 L3/KgMS de Haemonchus e 377 L3/KgMS de Trichostrongylus. As L3/KgMS de Trichostrongylus foram recuperadas do ápice da pastagem também no terceiro e quinto dia de coleta, com médias de 272 e 71,4 L3/KgMS, respectivamente, enquanto que as L3 de Haemonchus no estrato da forragem >10 cm foram recuperadas até o terceiro dia de coleta com média de 68 L3/KgMS. Portanto, sob estas condições climáticas, as L3 abandonaram as fezes e alcançaram o ápice da planta forrageira três dias após a deposição, aumentando as chances de serem ingeridas pelo ovino em pastejo.