DETECÇÃO DE CONTAMINANTES BIOLÓGICOS EM ALFACES (LACTUCA SATIVA) COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE CASTANHAL, PARÁ, BRASIL
Autor(es): Larissa Saori Inoue, Thamirys de Souza Gonçalves, Pedro Henrique Marques Barrozo, Juliana Valentin Portela, Alessandra Scofield, Gustavo Góes-Cavalcante |
| O objetivo do trabalho foi pesquisar contaminantes biológicos em alfaces comercializadas em diferentes pontos da cidade de Castanhal, estado do Pará. Foram analisadas 32 amostras de alface (Lactuca sativa) provenientes de supermercados, mercadinhos e feiras livres da cidade. As coletas dos maços de alface foram realizadas pela manhã no período de julho de 2013 a junho de 2014, sendo selecionados dois maços por local visitado. Cada amostra foi acondicionada em saco descartável de polietileno e identificada. As análises foram realizadas em quatro etapas com intervalos de 24 horas. A primeira etapa foi a desfolhação manual e imersão da amostra em dois litros de água destilada com aproximadamente 0,5 mL de detergente neutro. Na segunda etapa as folhas foram descartadas e o sobrenadante removido; na terceira etapa houve a sedimentação espontânea (Hoffmann modificada) e na quarta etapa foi realizada a análise microscópica do sedimento após centrifugação. Todas as amostras apresentaram algum contaminante biológico. Em 93,75% (30/32) das amostras detectou-se a presença de trofozoítas, oocistos ou cistos de protozoários, em 96,88% (31/32) detectou-se bactérias, em 68,75% (22/32) observou-se a presença de ovos de helmintos e em 43,75% (14/32) foram detectadas larvas de helmintos. Também foram encontrados ácaros em 90,63% (29/32) das amostras e insetos em 78,13% (25/32). Nas amostras contaminadas por protozoários, em 23,3% (7/30) detectou-se Balantidium coli, em 13,33% (4/30) observou-se oocistos de protozoários e em 6,67% (2/30) cistos de Entamoeba. Das amostras contaminadas por ovos de helmintos, em 13,6% (3/22) detectou-se Ascaris spp. e em 4,5% (1/22) foram observados ovos de Toxocara spp.. As análises demonstraram que as alfaces analisadas estavam contaminadas por diferentes microrganismos, confirmando a importância dessa hortaliça como veículo de agentes etiológicos para os consumidores no estado do Pará. |
