ANAIS 2014
EFICÁCIA DA IVERMECTINA ORAL NO CONTROLE DE PSOROPTES OVIS E LEPORACARUS GIBBUS EM COELHOS COINFESTADOS
Autor(es): Cristiane Nunes Coelho, Debora Azevedo Borges, Júlio Israel Fernandes, Cristiano Nascimento Grise, Ary Elias Aboud Dutra, Diefrey Ribeiro Campos, Anaís Gabriela Villa Rreal Laguna, Fábio Barbour Scott

EFICÁCIA DA IVERMECTINA ORAL NO CONTROLE DE PSOROPTES OVIS E LEPORACARUS GIBBUS EM COELHOS COINFESTADOS
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
» Agência de fomento e patrocinadores: MEC; CAPES; CNPq; FAPUR; Bolsista de produtividade do CNPq
Nos coelhos, Psoroptes ovis é o ectoparasito mais relatado, encontrado principalmente nos condutos auditivos, levando a quadros de otite clínica. O ácaro Leporacarus gibbus é encontrado ao longo da linha média dorsal do corpo do animal, podendo causar alopecia e formação de crostas. Vários antiparasitários vêm sendo utilizados para o tratamento de infestações por essas parasitoses com destaque para a ivermectina, muito utilizada na dermatologia de pequenos animais. A absorção da ivermectina sistêmica por via oral obtém melhor eficácia e maior meia vida. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficácia da ivermectina oral no controle de infestações simultâneas por P. ovis e L. gibbus em coelhos naturalmente infestados. Foram selecionados 20 coelhos, distribuídos em dois grupos experimentais. No grupo controle foi administrada solução salina, enquanto o grupo tratado recebeu dose única de ivermectina oral de 400 µg/Kg. O diagnóstico quanto à presença de P. ovis foi realizado através de coleta do cerúmen, com auxílio de zaragatoas e observação dos ácaros utilizando o microscópio estereoscópico. Para diagnosticar a infestação por L. gibbus foi realizada coleta de pelos e observação dos ácaros utilizando o microscópio estereoscópico. A avaliação do escore da lesão das orelhas (grau zero a quatro) e da presença dos ácaros foi realizada nos dias 0, +3, +7, +14, +21, +28 e + 35, após o tratamento. A eficácia para P. ovis e L. gibbus, foi 10% e 40%, 100 e 80%, 90 e 100%, respectivamente nos dias +3, +7, +14, e 100% para ambos os ácaros nos dias +21, +28 e +35. O escore da lesão das orelhas do grupo tratado regrediu a partir do dia +14 e no dia +21 todos os animais atingiram grau zero. A ivermectina oral apresentou 100% de eficácia no controle de P. ovis e L. gibbus dos coelhos pertencentes ao grupo tratado.

Palavras-chave: Ivermectina, Leporacarus gibbus, sarna psoróptica.