OCORRÊNCIA DE MICROFILAREMIA CANINA NA ROTINA DO LABORATÓRIO DE PATOLOGIA CLÍNICA VETERINÁRIA DA UFF
Autor(es): Beatriz Teixeira Gomes da Silva, Niara Vanat Nadal, Joylson de Jesus Pereira, Camila dos Santos Giesteira, Aline Moreira de Souza, Nádia Regina Pereira Almosny
OCORRêNCIA DE MICROFILAREMIA CANINA NA ROTINA DO LABORATóRIO DE PATOLOGIA CLíNICA VETERINáRIA DA UFF
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: Universidade Federal Fluminense
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPERJ
A filariose canina pode ser causada por diferentes espécies de vermes nematódeos filarióides, relacionados a vetores artrópodes do gênero Aedes, Anopheles e Culex para que ocorra a transmissão. As espécies Acanthocheilonema reconditum, Dirofilaria repens e Dirofilaris immits já foram descritas no Brasil. No Brasil as espécies D. immits e A. reconditum são as mais descritas, e a prevalência delas varia com a região. Ambas têm importância clínica, a primeira por sua patogenicidade, distribuição cosmopolita e pelo potencial Zoonótico e a segunda que, pela alta incidência e semelhança das microfilárias com as de D. immits pode levar a um resultado falso positivo. O objetivo deste trabalho foi relatar a ocorrência de microfilaremia nos animais encaminhados para avaliação hematológica com e sem suspeita clínica de dirofilariose canina. Foi realizado um estudo descritivo com os dados preexistentes da rotina clínica do Laboratório de Patologia Clínica da Faculdade de Veterinária UFF entre maio de 2013 e abril de 2014. Os resultados basearam-se na visualização de microfilárias em esfregaço sanguíneo corado com panóptico e em microcapilar. Dos 3.620 hemogramas caninos realizados nesse período, 103 (2,85%) animais foram positivos para a presença de microfilária. Desses 68 (66%) tinham suspeita clínica e 35 (34%) foram achados acidentais. Em ordem decrescente os meses com maior ocorrência foram agosto (15/103), outubro (15/103), novembro (12/103) e dezembro (12/103). Os resultados apresentados representam uma ocorrência significativa de microfilaremia em uma parcela da população canina regional, e o fato de muitos desses animais não apresentarem suspeita clínica de dirofilariose indica a extrema necessidade de identificação da espécie de filaria para o diagnóstico definitivo dessa doença que é de extrema importância para a sanidade canina e saúde pública em geral.