| A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma zoonose causada por protozoários da e gênero Leishmania sp., cuja transmissão ocorre através da picada do flebótomo da espécie Lutzomyia longipalpis. Os métodos diagnósticos laboratoriais mais utilizadosna LVC são os sorológicos imunoenzimático (ELISA) e imunofluorescência indireta (RIFI), além dos parasitológicos, onde se observam as formas amastigotas do parasito.Frequentemente os métodos sorológicos reagem positivamente em reações cruzadas com outras doenças como tripanosomatídeos e babesiose.O presente trabalho objetiva realizar o estudo comparativo entre os métodos de diagnósticos sorológico (ELISA e RIFI) e parasitológico da LVC. Este trabalho foi realizado no Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE. Foram coletadas amostras de 30 cães positivos para LVC através dos testes de ELISA e RIFI, provenientes do Recife e região metropolitana. Para o exame parasitológico foram realizada punção aspirativa de medula óssea, linfonodo e citologia esfoliativa de pele lesionada, os quais foram corados com kit panótico e analisados em microscopia óptica. Os dados foram analisados através do teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, com post-hoc de Dunn,com nível de significância para p<0,05.O diagnóstico parasitológico para a LVC realizado nos cães apresentou positividade significante de 70,4% (p<0,0041), no mínimo em um órgão, em relação ao ELISA e RIFI. Entre os órgãos, o maior índice de positividade foi observado na pele 63,0%, sendo significativamente maior que os resultados na medula óssea 51,8% e linfonodo 25,9% (p<0,0008).Portanto,o diagnóstico parasitológico é altamente específico quando comparado ao sorológico, sendo o teste de excelência para Leishmaniose, principalmente a citologia esfoliativa de pele lesionada. |
