O diagnóstico clínico de erliquiose em cães não é simples, uma vez que as manifestações clínicas podem ser confundidas com outras doenças infecciosas, por isso, objetivou-se com este trabalho verificar a incidência de Ehrlichia canis em cães com sinais clínicos evidenciando infecção por hemoparasitoses e, confirmar com diagnóstico molecular. Para tanto, amostras de sangue total com EDTA e gota de sangue de ponta de orelha para estiraço sanguíneo foram coletados de 200 cães de 10 bairros da cidade de Ilhéus- BA. Inicialmente foi realizado análise parasitológica em lâmina corada com Kit panótico rápido e observadas em microscópio óptico no laboratório de análises clínicas do Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Santa Cruz- Ilhéus- Ba, e posteriormente submetidas a análise molecular. Das 200 lâminas analisadas em microscópio óptico, foi possível observar que 125 animais (62,5%) não apresentaram hemoparasitas, 68 animais (33%) apresentaram positividade para Ehrlichia sp. e 7animais (4,5%) foram positivos para Babesia. Na análise molecular, dos 125 animais que apresentaram negatividade na lâmina para hemoparasitas, 123 foram positivos para Ehrlichia sp.e desses,115 foram positivos para Ehrlichia canis, além disso os 68 animais positivos nos esfregaços foram confirmados para a espécie Canis. Quanto os positivos para Babesia, 7 foram confirmados infecção por Ehrlichia canis na análise molecular apresentando coinfecção para os dois parasitas. Todos os animais analisados neste trabalho apresentaram alterações hematológicas como anemia, trombocitopenia e pancitopenia. Os achados parasitológicos e confirmação molecular apontam a necessidade de maior atenção para esta enfermidade canina no município de Ilhéus- BA, devido a grande quantidade de animais infectados. |