NEMATÓIDES PARASITOS DE ACESTRORHYNCHUS LACUSTRIS (LÜTKEN, 1875) (CHARACIFORMES) NO RIO BATALHA, SÃO PAULO, BRASIL.
Autor(es): Natacha Heloisa Olavo Pedro, Aline de Almeida Camargo, Larissa Sbeghen Pelegrini, Rodney Kozlowiski de Azevedo, Vanessa Doro Abdallah |
O rio Batalha está situado no limite entre os Municípios de Bauru e Piratininga, sendo um rio muito importante para a região, pois suas águas são usadas para abastecimento de 45% da população bauruense, entre outros usos, ao longo das diversas cidades que este percorre. O Acestrorhunchus lacustris pertence à família Acestrorhynchidae e é comumente chamado de peixe cachorro. De hábito carnívoro, pode ser encontrado em toda América do Sul, sendo que no Brasil é mais frequente nas bacias do rio São Francisco e Paraná, principalmente em ambientes lênticos. No período de maio a setembro de 2013 foram coletados e analisados 32 espécimes de A. lacustris coletados no rio Batalha. No momento da necropsia os olhos e todos os órgãos internos foram analisados (coração, fígado, gônadas, bexiga natatória, estômago, intestino e cavidade.) e os parasitos coletados foram conservados e identificados conforme metodologia específica. Os peixes mediram 16,27±3,37 de comprimento padrão médio. Todos os peixes estavam parasitados por pelo menos uma espécie de metazoário parasito. Nos hospedeiros um total de 5124 nematóides foi coletado, pertencentes a nove espécies diferentes, sendo elas: Travassosnema travassosi parasitando os olhos (P=86,7%); Contracaecum sp. parasitando coração, fígado, gônadas, bexiga natatória, estômago, intestino e cavidade (P= 65%); Heliconema sp. parasitando cavidade, estômago e fígado (P=24%), Goezia sp. parasitando gônada, coração, bexiga natatória e estômago (P=6%); Guyanema sp. parasitando gônada,coração e cavidade (P=6%); uma espécie de Capillaridae parasitando cavidade e gônada (P=2%); e Philometroides caudata (P=5%), Procamallanus (Spirocamallanus) inopinatus (P=2%) e Spiroxys sp. (P=2%) parasitando o intestino. Estes resultados mostram que o rio Batalha apresenta uma grande diversidade parasitária e que ainda precisa ser estudada. |