ANAIS 2014
HEMOPARASITOS EM ESFREGAÇOS SANGUÍNEOS DE RÃ TOURO (RANA CATESBEIANA) DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
Autor(es): Nadia Regina Pereira Almosny, Aline Vieira, Renata Quintela Assad, Livia Munay Kindlovits, Beatriz Teixeira Gomes da Silva, Joylson de Jesus Pereira, Aline Moreira de Souza

HEMOPARASITOS EM ESFREGAçOS SANGUíNEOS DE Rã TOURO (RANA CATESBEIANA) DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal Fluminense
» Agência de fomento e patrocinadores:
É frequente a ocorrência de infecção por hemoparasitas anuros, que se caracteriza por apresentar baixa patogenicidade. Entretanto, o cativeiro e o estresse decorrente de outras moléstias podem debilitar o animal e torna-se importante caracterizar possíveis alterações decorrentes dessa associação de fatores. As infecções por Haemogregarina e Hepatozoon, entre outros hemoparasitos, são conhecidas em rãs e sapos e são menos observadas em pererecas. A maioria dos relatos são baseados em observações morfológicas e o modo de transmissão destes parasitas ainda não está bem elucidado. Foram selecionados, ao acaso, 10 exemplares de rã touro em criatório comercial localizado na cidade do Rio de Janeiro. Foram coletadas amostras de sangue por meio de punção da veia mediana do abdome. No momento da coleta eram confeccionados esfregaços sanguíneos que foram corados pelo método de Giemsa. Todos estes animais (100%) apresentavam formas parasitárias de hemogregarinas. Os parasitos geralmente estavam no interior dos eritrócitos, observando-se formas exoeritrocitárias. A morfologia variava de alongadas a redondas e pequenas. Normalmente uma forma alongada e outra redonda no mesmo eritrócito, sendo que poucas mostravam uma forma alongada e quatro redondas. Observou-se que alguns núcleos dos eritrócitos parasitados estavam deslocados e outros, centralizados. Os eritrócitos, entretanto, estavam normocorados e não foram observadas alterações na hematoscopia e na leucocitoscopia que fossem associadas a esta infecção ou a outra moléstia qualquer. Associando as observações hematológicas ao exame físico dos animais, concluiu-se que estes parasitos são pouco ou não apesentam patogenicidade nestes animais. Avaliações mais detalhadas estão sendo efetuadas visando verificar se o estresse poderia debilitar estes anuros a ponto destes protozoários se tornarem patogênicos.