EFEITOS DA MOXIDECTINA SUBCUTÂNEA, NA DOSE DE 200MCG/KG, SOBRE A OVIPOSIÇÃO DE HELMINTOS
Autor(es): João Henrique Barbosa Toscano, Rafael Silveira Carvalho, Maycon Araújo Ruivo, Giovana Pavão Vital, Maria Eduarda Gonçalves Tozato, Luiz Gabriel Ferreira Carnielli, Breno Cayeiro Cruz, Weslen Fabrício Pires Teixeira, Willian Giquelin Maciel, Gustavo Felippelli, Luciana Prando, Flávia Carolina Fávero, Lucas Vinicius Costa Gomes, Welber Daniel Zanetti Lopes
EFEITOS DA MOXIDECTINA SUBCUTÂNEA, NA DOSE DE 200MCG/KG, SOBRE A OVIPOSIÇÃO DE HELMINTOS
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Medicina Veterinária, Jataí, GO, Brasil
» Agência de fomento e patrocinadores:
O presente trabalho teve como objetivo, avaliar o efeito da moxidectina, administrada pela via subcutânea na dose de 200mcg/kg, sobre a oviposição de Haemonchus, Cooperia, e Oesophagostomum de bovinos naturalmente infectados e submetidos ao tratamento com o referido princípio ativo. Para tal realizou-se dois experimentos. Em cada um, foram selecionados 16 bovinos naturalmente infectados por helmintos gastrintestinais (estrongilídeos >500 ovos por grama de fezes - OPG). Estes animais foram randomizados em dois grupos de oito animais cada, de acordo com a contagem média de OPG realizadas nos dias -3, -2 e -1,sendo: T01 controle e T02 moxidectina administrada via subcutânea na dose de 200mcg/kg. No 14º dia pós-tratamento (DPT), todos os animais foram necropsiados para realização da colheita e identificação dos helmintos presentes. Das fêmeas de Haemonchus, Cooperia e Oesophagostomum identificadas por gênero, avaliou-se a presença de ovos no útero destas, utilizando-se um microscópio óptico, com aumento de 100 a 400x. Em relação ao gênero Haemonchus, foi possível observar redução em cerca de 10 e 15% na oviposição das fêmeas deste gênero que entraram em contato com moxidectina (200mcg/kg), no estudo 1 e 2, respectivamente. Para o gênero Cooperia, o percentual de redução na produção de ovos das fêmeas deste gênero foi em cerca de 30% e 85% no primeiro e segundo estudo, respectivamente. Para Oesophagostomum, em ambos os experimentos, não foi possível observar alteração na produção de ovos das fêmeas que entraram em contato com moxidectina, em comparação as fêmeas deste gênero, pertencentes ao grupo controle. Com base nos resultados encontrados, concluí-se que dentre Haemonchus, Cooperia e Oesophagostomum, a moxidectina, administrada via subcutânea na dose de 200mcg/kg, interferiu na oviposição de cerca de 10 a 15% das fêmeas de Haemonchus e de 30% a 85% das Cooperia avaliadas nos diferentes experimentos.