EFEITOS DE IVERMECTINA (200, 630 E 700MCG/KG) SOBRE A OVIPOSIÇÃO DE HELMINTOS GASTRINTESTINAIS DE BOVINOS
Autor(es): João Henrique Barbosa Toscano, Rafael Silveira Carvalho, Maycon Araújo Ruivo, Giovana Pavão Vital, Maria Eduarda Gonçalves Tozato, Luiz Gabriel Ferreira Carnielli, Breno Cayeiro Cruz, Weslen Fabrício Pires Teixeira, Willian Giquelin Maciel, Gustavo Felippelli, Luciana Prando, Flávia Carolina Fávero, Lucas Vinicius Costa Gomes, Welber Daniel Zanetti Lopes |
O presente trabalho teve como objetivo, avaliar o efeito de diferentes doses de ivermectina (200, 630 e 700mcg/kg), administradas pela via subcutânea, sobre a oviposição de Haemonchus, Cooperia, Trichostrongylus e Oesophagostomum de bovinos naturalmente infectados e submetidos ao tratamento com os referidos compostos. Para tal, foram selecionados 32 bovinos naturalmente infectados por helmintos gastrintestinais (estrongilídeos >500 ovos por grama de fezes - OPG). Estes animais foram randomizados em quatro grupos de oito animais cada, de acordo com a contagem média de OPG realizadas nos dias -3, -2 e -1,sendo: T01 controle; T02 ivermectina 200mcg/kg; T03 ivermectina 630mcg/kg e T04 ivermectina 700mcg/kg. Todos os tratamentos foram realizados pela via subcutânea. No 14º dia pós-tratamento (DPT) todos os animais foram necropsiados para realização da colheita e identificação dos helmintos presentes nos animais. Das fêmeas de Haemonchus, Cooperia, Trichostrongylus e Oesophagostomum identificadas por gênero, avaliou-se a presença de ovos no útero destas, utilizando-se um microscópio óptico, com aumento de 100 a 400x. Em relação ao gênero Haemonchus, não foi possível observar redução na oviposição das fêmeas deste gênero que entraram em contato com ivermectina nas diferentes doses (200, 630 e 700mcg/kg). Por outro lado, redução na produção de ovos de cerca de 5%, 10% e 5% da população de Cooperia analisada, foi encontrado para ivermectina administrada nas doses de 200, 630 e 700mcg/kg, respectivamente. Para Trichostrongylus e Oesophagostomum, não foi possível observar alteração na produção de ovos das fêmeas que entraram em contato com diferentes doses de ivermectina, em comparação as fêmeas destes dois gêneros, pertencentes ao grupo controle. Com base nos resultados encontrados, concluí-se que dentre Haemonchus, Cooperia, Trichostrongylus e Oesophagostomum, a ivermectina, administrada via subcutânea nas doses de 200, 630 ou 700mcg/kg, interferiu na oviposição de cerca de 5 a 10% das fêmeas de Cooperia analisadas. |