ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS EM CÃES SORORREAGENTES PARA LEISHMANIOSE VISCERAL PARA LEISHMANIA SPP. DE NITEROI – RJ
Autor(es): Mauricio Rafael Domingues Rocha, Aline Moreira de Souza, Santila Antunes Cardoso Bravo, Niara Vanat Nadal, Sabrina Destri Emmerick Campos, Roberta Tosta Diogo, Fabiano Borges Figueiredo, Nadia Regina Pereira Almosny
ALTERAçõES HEMATOLóGICAS EM CãES SORORREAGENTES PARA LEISHMANIOSE VISCERAL PARA LEISHMANIA SPP. DE NITEROI – RJ
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: UFF
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPERJ, CNPQ, Capes
A leishmaniose visceral canina (LVC) é uma antropozoonose de transmissão vetorial. No Brasil é causada pelo protozoário Leishmania chagasi e usualmente transmitida pelo flebotomíneo Lutzomyia longipalpis. Em localidades onde ocorre de forma endêmica o cão doméstico é o principal reservatório do parasito, e o que se observa normalmente é que a leishmaniose visceral canina antecede a doença humana. Com o objetivo de estudar as alterações hematológicas de cães sororreagentes para LVC foram realizados testes sorológicos para leishmaniose visceral canina e hemogramas completos em cães domiciliados nos bairros do Jacaré e Itaipu, município de Niterói, Rio de Janeiro, áreas de ocorrência de casos de LVC, notificados ao Centro de Controle de Zoonoses e de Doenças de Transmissão Vetorial do Município de Niterói. Foram coletadas amostras sangüíneas de 300 cães, tendo sido realizados os testes sorológicos para LVC: Teste Imunocromatográfico Rápido em Dupla Plataforma (Dual Path Platform – DPP) e, posteriormente nos reagentes, o teste confirmatório ELISA na FIOCRUZ. Os hemogramas foram realizados no Laboratório de Pesquisa Clínica e Molecular Marcílio Dias do Nascimento, da Faculdade de Veterinária da UFF, pelo contador hematológico automatizado Sysmex® Poch –100 iv. Foram considerados sororreagentes os cães reagentes ao DDP (teste de triagem) e ao ELISA (teste confirmatório). Os 27 (9%) animais sororreagentes apresentaram anemia normocítica normocrômica e valores médios de leucometria global, número de plaquetas e proteínas plasmáticas totais dentro dos padrões de normalidade. Este tipo de anemia é a alteração hematológica mais freqüente em cães com LVC, devido à presença do parasito na medula óssea, comprometendo a produção eritrocitária. Concluiu-se que os exames hematológicos não são conclusivos para o diagnóstico da LVC já que as alterações no hemograma de animais sororreagentes foram discretas. Entretanto, a anemia normocítica normocrômica foi um achado freqüente nos animais positivos e deve ser avaliada em animais de locais endêmicos para esta zoonose.