CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE LEISHMANIA SP. DE EQQUS CABALLUS DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE, MG
Autor(es): SORAIA DE OLIVEIRA SILVA , Isabel Roussouliéres Soares, Maria Norma Melo, Maristela Silveira Palhares, Camila Campo de Souza, Catiane Maria Lopes, José Monteiro Silva Filho
CARACTERIZAçãO MOLECULAR DE LEISHMANIA SP. DE EQQUS CABALLUS DA REGIãO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE, MG
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais
» Agência de fomento e patrocinadores: CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
Ambas as leishmanioses Tegumentar Americana (LTA) e Leishmaniose Visceral (LV) têm sido há muito tempo detectadas no Brasil, sendo que essas formas se urbanizaram, com acelerada expansão a partir da década de 1980. A adaptação dos vetores no ambiente modificado pelo homem resultou no desenvolvimento de um novo perfil epidemiológico tendo como reservatórios principalmente os animais domésticos, como cães, equinos e outros animais sinantrópicos, associados à transmissão peri e intradomiciliar, tanto em áreas rurais quanto urbanas. Considerando-se a predisposição dos equinos à infecção por Leishmania sp., associada à sua proximidade cada vez maior ao peridomicílio, especula-se o papel destes animais como reservatórios domésticos de ambas LTA e LV. Este estudo avaliou 64 equinos oriundos da Região Metropolitana de Belo Horizonte por meio dos testes da RIFI e ELISA para detecção de anticorpos (IgG) anti-Leishmania. Amostras de medula óssea e fragmentos de lesão de um animal com reação fortemente positiva para RIFI e ELISA foram submetidas à PCR específica para L. braziliensis, L. infantum e para a região ITS-1 de Leishmania sp. Estas amostras também foram utilizadas para a confecção de lâminas por aposição e inoculação em animais de laboratório (Mesocricetus auratus). Os produtos da PCR ITS-1 foram digeridos com a enzima de restrição HaeIII. Nas PCRs específicas foram detectadas L. braziliensis e L. infantum. A PCR-RFLP confirmou apenas a espécie L. braziliensis. Já os hamsters, 60 dias após a inoculação no focinho apresentaram uma pequena lesão típica de leishmaniose. Os esfragaços dessas lesões mostraram um pequeno número de amastigotas. A presença de anticorpos anti-Leishmania pode estar relacionada com exposições prévias e a presença do parasito confirma a circulação do mesmo entre os equinos da região. Este estudo aponta para a necessidade de pesquisas quanto à importância desses reservatórios na transmissão desta doença.