Poucos estudos Imunológicos foram realizados até hoje tendo o Cystoisospora felis como foco. Coccídio intracelular obrigatório, tendo felinos domésticos e silvestres como hospedeiros definitivos, tornando-se principal vetor epidemiológico de sua dispersão ambiental, quer em meio urbano ou rural. O objetivo deste trabalho: foi padronizar o “western blotting” para identificar bubalinos naturalmente infectados por C. felis em propriedades rurais situadas nas microrregiões do estado do Rio de janeiro, onde a presença ou não do gato, seja constatada. Para amplificação dos oocistos, um isolado puro de oocistos esporulados de C. felis, mantido em laboratório foi inoculado via oral em gatos livres de coccídios, monitorados desde o nascimento. Para obtenção de soro hiperimune, um bezerro búfalo de 2 dias de nascido foi inoculado com 106 oocistos esporulados de C. felis. Para o acompanhamento da infecção experimental, foram feitas coletas seriadas de sangue aos dias zero, 3º, 7º, 14º, 21º, 28º e 35º após a infecção. Visando a produção de antígeno, oocistos esporulados purificados foram fragmentados com esferas de porcelana com diâmetro 2,0 – 2,5 µm. Este material foi submetido a 12 ciclos de agitação, em desfragmentador celular, com intervalos de 30`` em banho de gelo para destruição total dos oocistos e a seguir submetido à centrifugação de 12000g por 5 minutos. Do sobrenadante recuperado, uma alíquota foi usada para dosagem proteica segundo Folin. Obtendo-se uma concentração proteica de 3,4 mg/ml. A eletrotransferência das proteínas contidas em géis de SDS-PAGE a 12% para o papel de nitrocelulose, em segui o papel foi incubado overnight com conjugado (IgG anti-IgG bovino, marcado com fosfatase alcalina). Para o processo de imunodetecção foi adicionado o cromógeno (BCIP/NBT)b’, revelando-se as bandas pertencentes à fase aguda e crômica da infecção. Esta técnica mostra-se sensível para detecção de anticorpos anti-C. felis determinando sua presença no organismo animal nas diferentes fases da infecção.
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