ANAIS 2014
INFECÇÃO PARASITÁRIA EM CAPRINOS NO AGRESTE PERNAMBUCANO
Autor(es): Flaviana Santos Wanderley , Wagnner José Nascimento Porto, Diogo Ribeiro Câmara, Andréa Alice da Fonseca Oliveira, Nadine Louise Nicolau da Cruz , Edson Moura da Silva , Rinaldo Aparecido Mota

INFECÇÃO PARASITÁRIA EM CAPRINOS NO AGRESTE PERNAMBUCANO
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: UNCISAL
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPEAL; FACEPE; CNPQ
As parasitoses em caprinos afetam a produtividade e causam prejuízos econômicos. A Região Nordeste do País é mantenedora de mais de 90% do plantel de caprinos do total nacional, e Pernambuco ocupa o segundo lugar no ranking com um efetivo de 1.735.051cabeças. O objetivo desse trabalho foi identificar a infecção parasitária em caprinos naturalmente infectados. Foram realizados exames parasitológicos de fezes (O.P.G.), necropsias e exames histológicos de coração em 15 fêmeas caprinas leiteiras, mestiças, clinicamente saudáveis, criadas em regime semi-intensivo, oriundas de propriedades da cidade de Buíque, agreste de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Como resultados, os exames parasitológicos de fezes apresentaram 11/15 (73,33%) cabras positivas, sendo 2/15 (13,33%) com infecções mistas para ovos da superfamília Trichostrongyloidea, ovos do gênero Strongyloides e oocistos do gênero Eimeria sp., 1/15 (6,66%) com infecção mista para ovos da superfamília Trichostrongyloidea e oocistos do gênero Eimeria sp., 4/15 (26,66%) para oocistos do gênero Eimeria sp., 2/15 (13/33%) para ovos da superfamília Trichostrongyloidea e 2/15 (13,33%) para ovos do gênero Strongyloides. 4/15 (26,66%) cabras foram negativas. Os achados de necropsia mostraram cistos hidáticos em 2/15 (13,33%) cabras. Ao exame histológico do coração foram identificados cistos de Sarcocystis sp., em 3 cabras. Conclui-se que a adoção de medidas de prevenção das parasitoses nos rebanhos caprinos é fundamental, pois não é possível identificar todos os parasitos através apenas dos exames de fezes. Se o rebanho está clinicamente saudável outros exames complementares não são realizados, o que impossibilita o diagnóstico fazendo com que haja a transmissão de parasitos para outros animais e também para o homem.