PRESENÇA DE PARASITOS INTESTINAIS EM LEONTOPITHECUS CHRYSOMELAS DE VIDA- LIVRE, NITERÓI –RJ, DETECTADOS POR COPROPASITOLÓGICO.
Autor(es): Roberta Tosta Diogo, Namir Santos Moreira, Marina Galvão Bueno, Aline Vieira Pinheiro dos Santos, Camila de Souza Cerqueira Machado, Alcides Pissinatti, José Luiz Catão-Dias, Aline Moreira de Souza, Nadia Regina Pereira Almosny |
A espécie Leontopithecus chrysomelas, família Callitrichidae é um pequeno primata não humano, de pelagem negra cobrindo todo o corpo exceto ao redor dos olhos, patas de coloração cobre. Nativo da mata Atlântica nos estados da Bahia e Minas Gerais, podendo habitar florestas secundárias com diferentes níveis de degradação. Sua alimentação é diversificada: frutas, flores (néctar), ovos de aves e pequenos vertebrados. Os animais utilizados no estudo habitavam o Parque Estadual da Serra da Tiririca, sob gestão do Instituto Estadual do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro e o parque Darcy Ribeiro – Niterói, e foram introduzidos na região e a recomendação do comitê Internacional para conservação e manejo de Leontopithecus foi a imediata remoção, pois os mesmos ofereciam riscos ao mico leão dourado, acarretando competição direta por alimento, além de cruzamentos indesejáveis, originando Leontopithecus híbridos. A introdução dessa espécie pode ser determinante para a circulação de agentes infecciosos, parasitos, com potencial zoonótico. O objetivo desse trabalho foi determinar a incidência de endoparasitos em Leontopithecus chrysomelas de vida livre. De agosto de 2012 e novembro de 2013, foram coletadas 153 amostras de fezes, acondicionadas em potes coletores, sendo amostras frescas e com conservantes, ambas mantidas sob refrigeração até o processamento, no Laboratório de Pesquisa Clínica e Molecular Marcílio Dias do Nascimento, da Faculdade de Veterinária da UFF. Foram realizadas técnicas de sedimentaçao espontânea e exame direto em todas as amostras, sendo 60/153 (39,15%) positivas para helmintos: Ancilostomideos 33/153 (21,56%), Strongyloides 14/153 (9,1%) e Tripanoxiyuris 13/153 (8,49), demonstrando a circulação de endoparasitos com potencial zoonótico na região do parque, fato esse importante a saúde publica, já que na região os animais tem contato com humanos.
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