ANAIS 2014
AVALIAÇÃO HEMATOLÓGICA E BIOQUÍMICA DE FELINOS POSITIVOS PARA MICOPLASMOSE HEMOTRÓPICA NO SUDESTE DA BAHIA
Autor(es): Luciana Carvalho Lacerda, Izabela Garcia Pinto Coelho Simões, Rebeca Dálety Santos Cruz, Givaldo Rodrigues da Silva, Marcos Rogerio Andre, Alexandre Dias Munhoz

AVALIAçãO HEMATOLóGICA E BIOQUíMICA DE FELINOS POSITIVOS PARA MICOPLASMOSE HEMOTRóPICA NO SUDESTE DA BAHIA
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: Universidade Estadual de Santa Cruz
» Agência de fomento e patrocinadores: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia - Fapesb
Os hemoplasmas são organismos oportunistas, sua patogenicidade varia de acordo com a espécie envolvida, suscetibilidade do hospedeiro e da presença de doenças concomitantes. Este estudo teve como objetivo avaliar os parâmetros hematológicos e bioquímicos de animais naturalmente infectados por bactérias do gênero Mycoplasma sp.. Foram coletadas amostras de sangue em tubos com EDTA e sem anticoagulante de 200 animais de diferentes regiões dos municípios de Ilhéus e Itabuna. Foram escolhidos por conveniência, gatos domésticos heterogêneos em sexo, idade, raça, com ou sem sinais clínicos. Hemograma, contagem de reticulócitos, dosagem de ALT, AST, GGT, uréia, creatinina, bem como das bilirrubinas foram realizados em todos os animais. O DNA genômico foi extraído do sangue total e mantido a -20ºC até a realização das PCRs. Na análise estatística, os valores hematimétricos e bioquímicos dos animais positivos e negativos foram comparados através do teste t-Student, com intervalo de confiança de 95% utilizando o programa estatístico Bioestat 5.0. Das amostras analisadas neste estudo, 71 animais foram positivos pela técnica da PCR para Mycoplasma sp. Os parâmetros hematológicos e bioquímicos dos animais infectados e sadios não diferiram estatisticamente (p>0,05), somente a contagem de reticulócitos foi significativa. Os quadros anêmicos mais severos, propensos a apresentar reticulocitose, são característicos da infecção aguda pelo M. haemofelis, sugerindo que os animais analisados no presente estudo estariam como portadores crônicos, onde, mesmo com a presença do hemoplasma no sangue, não apresentam sinais clínicos. Entretanto, não podemos descartar a hipótese de um M.haemofelis menos patogênico do que o observado em outras regiões.