PREVALÊNCIA DE NEMATÓDEOS EM CAPRINOS ORIUNDOS DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL
Autor(es): Willian Giquelin Maciel, Luciana Prando, Weslen Fabricio Pires Teixeira, Breno Cayeiro Cruz, Carolina Buzzulini, Gustavo Felippelli, Flávia Carolina Fávero, Lucas Vinicius Costa Gomes, Gilson Pereira de Oliveira, Alvimar José da Costa |
A caprinocultura pela importância na subsistência humana é considerada uma das mais antigas atividades agropastoril de todo mundo, e, no Brasil, a região nordeste centraliza-se como principal produtora. Dentre os principais problemas sanitários envolvendo esta espécie, destacam-se as helmintoses gastrintestinais, as quais desencadeiam prejuízos econômicos para os produtores. O objetivo do trabalho foi avaliar a prevalência e intensidade parasitária de diferentes espécies de helmintos em caprinos provenientes de microrregiões do estado de São Paulo. Destas, foram utilizados 51 animais naturalmente infectados, de quatro a 36 meses de idade, criados em regime extensivo. As necropsias parasitológicas revelaram a presença de sete gêneros e oito espécies, com as seguintes prevalências e médias de parasitismo: Trichostrongylus colubriformis: 100,00% (7059,84); Haemonchus contortus: 96,08% (1669,27); Trichostrongylus axei: 72,55% (1738,86); Cooperia curticei: 52,94% (52,57); Oesophagostomum columbianum: 50,98% (58,82); Trichuris ovis: 37,25% (4,20); Strongyloides papillosus: 19,61% (3,08); Capillaria bovis: 3,92% (0,08). A carga parasitária média foi de 1323,24 helmintos por animal. Trichostrongylus spp e Haemonchus contortus, conjuntamente representaram 98,88% da carga parasitária média total. Apenas Trichostrongylus colubriformis constituiu 66,69%. Todos os caprinos continham mais de uma espécie (duas a sete), sendo que 27,45% e 29,41% dos animais apresentavam quatro e cinco espécies, respectivamente. Portanto, os resultados das 51 necropsias realizadas revelaram que os dois gêneros de helmintos mais abundantes e importantes em caprinos de diferentes microrregiões do estado de São Paulo foram Trichostrongylus (83,11%) e Haemonchus (15,77%), perfazendo mais de 95% da carga helmíntica diagnosticada. Vale ressaltar, que são dois nematódeos hematófagos que devem ser monitorados seriamente como prevenção de prejuízos para a caprinocultura. |