ANAIS 2014
FILOGENIA MOLECULAR DO GÊNERO PHYSALOPTERA SP PARASITAS DE ROEDORES E MARSUPIAIS NO BRASIL
Autor(es): Juliana São Luiz de Barros, Raquel de Oliveira Simões, Roberto Vilela, Sócrates Neto, Arnaldo Maldonado Júnior

FILOGENIA MOLECULAR DO GÊNERO PHYSALOPTERA SP PARASITAS DE ROEDORES E MARSUPIAIS NO BRASIL
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES, CNPq, FIOCRUZ
Nas Américas, os nematódeos pertencentes ao gênero Physaloptera estão incluídos na ordem Spirurida e caracterizam-se por possuir a extremidade anterior dotada de simetria bilateral e ausência de papilas labiais externo laterais. No Brasil, Vaz e Pereira (1935) encontrou Physaloptera bispiculata no estômago de um roedor selvagem Nectomys squamipes. Outros hospedeiros vertebrados, como anfíbios, répteis, aves e mamíferos (Sigmodon hispidus, Cynomys ludovicianus e Ondatra zibethicus) também já foram encontrados parasitados. As limitações das características morfológicas para identificação taxonômica, as dificuldades em analisar o ciclo de vida completo e seus hospedeiros intermediários tem favorecido o uso de técnicas moleculares como uma ferramenta indispensável na tentativa de elucidar questões taxonômicas. Desta forma, diversos marcadores moleculares vêm sendo utilizados buscando uma melhor identificação dos spirurídeos. Neste trabalho foram feitas análises filogenéticas de sequências da região 18S do RNA ribossomal das espécies P. bispiculata (N. squamipes), P. turgida (Didelphis aurita), P. mirandai (Metachirus nudicaudatus), Physalopetra sp1 (Cerradomys subflavus), Physaloptera sp2 (Trinomys diminiatus), Physaloptera sp3 (Oecomys mamorae) e Physaloptera sp4 (Akodon cursor). Todos os helmintos utilizados foram coletados do estômago de roedores e marsupiais do Brasil e submetidos aos procedimentos técnicos para realização das análises morfológicas e moleculares. Foram alinhados 535 bp do gene 18S para comparar com outras sequências depositadas no GenBank. Sequências analisadas revelaram que em 535 bp das posições do nucleotídeos foram monomórficas ou invariáveis, enquanto que 54 sítios foram variáveis. E as árvores filogenéticas inferidas usando os dois métodos (MV e NJ) mostraram topologias semelhantes formando 2 clados distintos, entretanto, o primeiro apresentou um baixo valor de boodstrap e o segundo um valor elevado. Dos espécimes seqüenciados, 3 formaram um clado 1 e outra um segundo clado2. Pelas características morfológicas e sequências analisadas até o momento confirmamos tratar-se de exemplares novos do gênero Physaloptera, além um bom grupo modelo para os estudos combinados dos métodos morfológicos e moleculares.
Palavras-chaves: Análise filogenética; Physaloptera sp; roedores e marsupiais; 18S ribossomal RNA