ANAIS 2014
SOROPREVALÊNCIA DE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA EM DIFERENTES PERFIS SOCIOECONÔMICO EM UBERLÂNDIA, MINAS GERAIS, BRASIL
Autor(es): AMANDA NAVES GOMES, CAMILA DE OLIVEIRA SILVA, ANNA BARBARA RIBEIRO CARDOSO, MARCELA RODRIGUES DE SOUSA PORTA, LARISSA COSTA ROGÉRIO, JULIANA SILVA MIRANDA, RAFAEL ROCHA DE SOUZA, RAUL RIO RIBEIRO, RENATA CRISTINA DE PAULA, SYDNEI MAGNO DA SILVA

SOROPREVALêNCIA DE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA EM DIFERENTES PERFIS SOCIOECONÔMICO EM UBERLâNDIA, MINAS GERAIS, BRASIL
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Uberlândia
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPEMIG, CNPQ, PROPP
INTRODUÇÃO: No Brasil a leishmaniose visceral (LV) é uma zoonose causada por Leishmania infantum, considerada doença negligenciada associada a pobreza. O cão é o principal reservatório do parasito e o diagnóstico da LV canina (LVC) é importante para estabelecimento de estratégias de controle da doença.
OBJETIVO: Determinar a soroprevalência de LVC em amostras de clínicas veterinárias particulares de Uberlândia, e do programa de castração voluntária do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia (HOVET-UFU).
METODOLOGIA: Foram incluídas 54 amostras de clínicas particulares e 57 do HOVET-UFU entre março e dezembro de 2013. Foram realizados os testes imunoenzimático (ELISA) e imunofluorescência indireta (RIFI). No ELISA foram utilizadas placas sensibilizadas com 2µg/poço de antígeno bruto de Leishmania infantum (MHOM/BR/1967/BH46) e conjugado anti-IgG de cão marcado com peroxidase (1:10000), com leitura em espectrofotômetro a 495nm. Os soros (1:400) foram considerados positivos quando a absorbância foi maior que o cut-off determinado pela absorbância de soros de área não endêmica para LVC (Minnesota, EUA). Na RIFI, soros (1:40 em PBS) foram adicionados a lâmina contendo promastigotas de L. infantum fixadas e incubados com conjugado anti-IgG de cão marcado com fluoresceína (1:100) e analisados no microscópio de luz UV. Foram consideradas positivas amostras reativas nos dois testes sorológicos.
RESULTADOS: Das 111 amostras avaliadas, 17 (15,3%) foram positivas. Ao estratificarmos por perfil socioeconômico, 02 (3,7%, n=54) provenientes de clínicas particulares (renda ≥ 5 salários mínimos/mês) foram positivas, contrastando com 15 (26,3%, n=57) positivas do HOVET-UFU (renda ≤ 2 salários mínimos/mês).
CONCLUSÃO: Foi possível observar maior prevalência de LVC em entre os cães de famílias de baixa renda quando comparados com cães de famílias de classe média a alta. Este resultado é relevante para o entendimento da dinâmica da LV e LVC em Uberlândia/MG e útil para o estabelecimento de medidas profiláticas/controle para a doença no município.