PESQUISA DE TOXOPLASMA GONDII (NICOLLE & MANCEAUX, 1909) EM SÊMEN DE GATOS (FELIS CATUS) PRIMOINFECTADOS (DADOS PRELIMINARES)
Autor(es): Weslen Fabricio Pires Teixeira, Julia Cestari Pierucci, André Cayeiro Cruz, Maria Eduarda Gonçalves Tozato, Giovana Pavão Vital, Marina Suzuki Cursino, Amanda Lealde Vasconcellos, Welber Daniel Zanetti Lopes, Luiz da Silveira Neto, Kátia Denise Saraiva Bresciani, Gilson Pereira de Oliveira, Alvimar José da Costa |
| Objetivando avaliar a eliminação de Toxoplasma gondii no sêmen de reprodutores felinos infectados experimentalmente com o parasito, foram selecionados 12 felinos reprodutores, sorologicamente negativos (IgG negativos) para T. gondii. Foram constituídos três grupos (GI, GII e GIII) equitativos (quatro felinos cada), que foram assim inoculados: GI: 600 cistos de T. gondii via oral, GII: 200 mil taquizoítos(cepa RH) via subcutânea, e GIII: solução fisiológica (controle).No 7º, 14º, 21º, 28º, 42º, 56º e 70º dias pós-inoculação (DPI), todos os felinos foram anestesiados com tiletamina + zolazepam (0,15mL/kg,via intramuscular) para colheitas de amostras sanguíneas (venopunção), e seminais(eletroejaculação). Nos soros sanguíneos obtidos, foram realizadas pesquisas de anticorpos (IgG) anti-T. gondii por meio da reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI). A presença do protozoário na corrente sanguínea (parasitemia) e no sêmen dos reprodutores felinos foi avaliada por meio de inoculações em camundongos (bioensaio), após previa diluição em solução tampão (PBS pH 7,2), adicionada de antibiótico (ampicilina, 1 mg/mL). Todos os felinos pertencentes aos grupos I e II soro-converteram (titulo superior á 64) após o 7º ou 14º DPI. Além de soro-converterem, a infecção destes animais pode ser confirmada pela presença de surtos parasitêmicos em diferentes datas após a inoculação dos felinos, diagnosticados por meio do bioensaio. Nenhum dos camundongos inoculados com as amostras seminais,colhidas dos reprodutores felinos (GI, GII e GIII), nas diferentes datas experimentais,soro-converteram ou apresentaram cistos cerebrais do parasito. Portanto, ao contrário de várias outras espécies de animais domésticos, não foi possível diagnosticar nas várias amostras de sêmen colhidas dos três grupos experimentais, ao longo de todo estudo. Os estudos continuam numa tentativa de isolamento de T. gondii das amostras seminais pela Reação em Cadeia da Polimerase (nested PCR). Até o presente momento, pode-se inferir que o felino não transmite via seminal o Toxoplasma gondii. |
