| A patologia provocada por nematódeos gastrintestinais, popularizada como verminose, constitui a principal influencia negativa na criação de pequenos ruminantes domésticos. O diagnóstico da doença tem sido feito com base em exame de fezes do animal. Uma técnica quantitativa frequentemente empregada com esta finalidade foi desenvolvida por Gordon Whitlock em 1948. Conhecida como técnica de McMaster ou OPG (ovos por grama de fezes), não reflete a infecção real que o hospedeiro porta, mas ainda tem sido considerada a melhor para estimar a carga parasitaria dos animais. A fim de reduzir o número de resultados falso-negativos que podem ocorrer ao se utilizar esta metodologia para diagnóstico da verminose, especialmente em ovinos e caprinos, diversas propostas de modificações vêm ocorrendo. Entre novembro de 2013 e janeiro de 2014 foi realizado um estudo comparativo de dois métodos de execução da referida técnica. Para isso, 95 amostras de fezes oriundas da ampola retal de caprinos e ovinos do estado do Piauí com raça, idade e sexo variados foram processadas simultaneamente por dois métodos, convencionados aqui como, método 01 (método tradicional) e método 02 (variação do método). O método 01 foi realizado de acordo com o descrito em UENO E GONÇALVES, 1998 enquanto que, para o método 02 foram utilizados dois gramas de fezes em 28 ml de solução hipersaturada de cloreto de sódio, considerando o fator de correção igual a 50. A média de OPG obtida pelo método 01 foi igual a 2155,8 (± 3781,5) enquanto que para o método 02 foi igual a 1229,5 (± 2306,0) e a probabilidade do método 01 apresentar apenas quatro resultados falso-negativos foi de 0,0037. Os resultados de OPG obtidos demonstraram que a utilização do método 02 não superou a sensibilidade de detecção de ovos por grama de fezes que foi possível obter com o método 01. |
