ANAIS 2014
AUSÊNCIA DE INFECÇÃO DE RICKETTSIA SPP EM RHINELLA JIMI NO MUNICÍPIO DE PETROLINA, PERNAMBUCO
Autor(es): Ana Isabel Arraes Santos, Dália Monique Ribeiro Machado, Andreina de Carvalho Araujo, Glauber Meneses Barboza de Oliveira, Josenilton, Rodrigues Santos, Marcelo Bahia Labruna, Mauricio Claudio Horta

AUSêNCIA DE INFECçãO DE RICKETTSIA SPP EM RHINELLA JIMI NO MUNICíPIO DE PETROLINA, PERNAMBUCO
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: Universidade Federal do Vale do São Francisco
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES, CNPq
Rickettsia bellii tem sido comumente encontrada infectando carrapatos Amblyomma rotundatum no Brasil, apresentando diferentes taxas de infecção de acordo com a população e a região estudada. O presente estudo objetivou a detecção de Rickettsia spp em sangue de sapos-cururus (Rhinella jimi) de vida livre do município de Petrolina, Pernambuco. Nos meses de fevereiro a maio de 2014 foram realizadas capturas de 84 R. jimi em uma propriedade da zona rural de do município de Petrolina, localizado no semiárido nordestino. Aproximadamente 35,7% (30/84) dos sapos encontravam-se infestados por carrapatos Amblyomma spp. Após contenção, realizou-se punção intracardíaca para colheita de amostras sangue, que fora armazenadas microtubos contendo etanol absoluto. No laboratório, a extração de DNA do sangue foi realizada utilizando-se kit comercial Wizard ® Genomic DNA Purification Kit (Promega), seguindo o protocolo do fabricante. As amostras extraídas foram submetidas à reação em cadeia pela polimerase (PCR), visando amplificação de um fragmento do gene gltA. A leitura foi realizada após eletroforese em gel, e visualizada em transluminador u.v. Para cada reação, foram utilizados controle positivo (Rickettsia parkeri) e controle negativo (água milliQ). Em nenhuma amostra foi determinada a amplificação de DNA riquetsial. A infecção de R. bellii em A. rotundatum geralmente apresenta altas taxas de infecção nessa espécie de carrapatos, sugerindo que os mesmos podem atuar como reservatórios. No presente estudo, a infecção por Rickettsia spp não foi detectada nas amostras sanguíneas de R. jimi. Desta forma, novos estudos devem ser realizados para determinar se os sapos são refratários à infecção; ou se R. bellii é capaz de infectar os sapos sem promover uma bacteremia detectável pelos métodos diagnósticos.