ANAIS 2014
POTENCIAL DE MIGRAÇÃO DE LARVAS DE TOXOCARA CANIS NAS PRIMEIRAS 24 HORAS DE INFECÇÃO
Autor(es): Micaele Quintana de Moura, Luciana Farias da Costa de Ávila, Wesley Douglas da Silva Terto, Luciana Laitano Dias de Castro, Jéssica Lopes Borchardt, Michelle Dias Hornes da Rosa, Maria Elisabeth Aires Berne

POTENCIAL DE MIGRAçãO DE LARVAS DE TOXOCARA CANIS NAS PRIMEIRAS 24 HORAS DE INFECçãO
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Pelotas
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPERGS, CAPES.
Toxocara canis principal agente etiológico da toxocaríase tem como hospedeiro definitivo cães e gatos habitando nesses o intestino delgado. O homem se infecta através da ingestão de ovos contendo larvas infectantes, entretanto estas não se desenvolvem neste como ocorre nos hospedeiros definitivos. As larvas eclodem e fazem a penetração na parede intestinal, atingem a corrente sanguínea e alcançam órgãos adjacentes, onde realizam migrações causando danos aos tecidos. Estudos indicam que durante as primeiras 24h as larvas se encontram principalmente no fígado, no entanto existem poucos estudos sobre a migração dessas em período inferior às 24h. Com o objetivo de verificar a presença de larvas de T. canis no fígado nas primeiras 24 horas após infecção, foi desenvolvido esse estudo. Foram avaliados 25 camundongos Swiss fêmeas, com idade de 4 a 5 semanas, infectados com 200 ovos embrionados de T. canis. O trabalho foi aprovado no CEEA-UFPEL sob Nº CEEA 7833 Após 2h, 4h, 6h, 12h e 24h de infecção, cinco animais por período foram submetidos à eutanásia para análise do fígado por técnica de digestão tecidual, seguindo-se a analise em microscópio ótico em objetiva de 10X. Foi observada a presença de larvas no fígado em todos os animais do grupo de 24h, tendo sido encontrados nesses um número de larvas que variou entre um e quinze. Nos demais horários não foi encontrada nenhuma larva no material analisado. O processo de penetração e migração das larvas pelos tecidos é complexo e depende de variáveis fisiológicas do hospedeiro, assim como do tamanho do inoculo. Ainda que não tenha sido detectadas larvas no fígado em período inferior às 24h, provavelmente estas se encontram na mucosa intestinal ou na circulação sanguínea. Esse aspecto está sendo investigado através de estudos histopatológicos do intestino delgado desses animais.